Os dois senadores pernambucanos que votaram, nesta quarta-feira (7), sobre o projeto de lei que aumenta os salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foram favoráveis ao reajuste.

A remuneração é o teto de todo o funcionalismo público.

O salário hoje é de R$ 33.763 e vai para R$ 39.293,32.

Fernando Bezerra Coelho (MDB) foi relator da matéria e fez a defesa do aumento.

Armando Monteiro Neto (PTB) acompanhou o aliado e votou ‘sim’.

Já Humberto Costa (PT) não votou.

O partido dele se posicionou contra o reajuste.

A matéria vai à sanção do presidente Michel Temer (MDB).

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), com o presidente do STF, ministro Dias Toffoli.

Foi depois desse encontro que ele tomou a decisão de pautar o texto, surpreendendo lideranças políticas e também os próprios representantes das categorias, que estão no plenário do Senado pressionando pela aprovação.

O impacto estimado do reajuste é de R$ 2,77 milhões para o STF e de R$ 717,1 milhões para o Poder Judiciário, mas o problema maior é o efeito cascata para Estados, porque o salário dos ministros do Supremo funciona como teto do funcionalismo público Há casos como o do Rio de Janeiro em que a Constituição estadual prevê o reajuste automático.

Mais cedo, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), disse não ser o momento mais adequado para votar o reajuste e manifestou preocupação com o impacto nas contas. “Estamos em uma fase que, ou todo mundo tem ou ninguém tem, e o Judiciário é o mais bem aquinhoado”, comentou o presidente eleito.

Bolsonaro prometeu conversar com o presidente do STF sobre a questão. “Estamos no mesmo barco.

Não existem três poderes. É um poder só e o que está em jogo é o futuro do Brasil.

Estamos em uma profunda crise ética, moral e econômica e a responsabilidade tem de ser dividida por todos.

Não vai ser uma pessoa que vai salvar o Brasil e nesse conjunto estão todos os integrantes dos Três Poderes”, afirmou. *Com Estadão Conteúdo