O ator Lázaro Ramos fez palestra no Conexões Sustentáveis, do RioMar, nesta terça-feira, sob o tema cidadania e respeito ao planeta.
Embora tivesse evitado falar de forma mais aberta sobre política, o ator, conhecido por seu engajamento político, abriu os trabalhos lendo um texto de Muniz Sodré sobre escravidão, sem citar a pessoas que defendia a escravidão, no passado.
O texto era de Fernando Pessoa.
Como não citou o poeta português e fez um breve suspense, não faltou quem gritasse o nome de Bolsonaro na plateia.
A reação da plateia foi tímida.
No palco, o ator defendeu a redução da carga de trabalho. “Nós precisamos de tempo para o ócio.
Desligar o celular quando chegar em casa.
Nós estamos disponíveis o tempo todo.
Isto nos tira a saúde e nos polui.
Por conta disto, não valorizamos a natureza” Defendeu a busca da verdade, como que em uma posição contra as mensagens falsas. “Optamos pela mentira para sofrer menos ou para nos saciar.
Assim, as pessoas vão se poluindo, vomitando ódio” ‘Temos que abrir mão da violência para discutir temas importantes’, defende Lázaro Ramos, em dado momento.
Ramos disse que observar a saúde passava por observar o emocional e chegou a pedir que as pessoas fossem menos “fiscal de genitália” “Valorizando a literatura que existe no outro, a gente pode ler o outro”, filosofou.
Assim que concluiu a palestra, uma das primeiras perguntas endereçadas ao ator foi justamente uma provocação.
O interlocutor disse que Lázaro Ramos tinha acesso a novelistas e que ele poderia ajudar a introduzir temas como meio ambiente e ecologia, em um personagem de novela.
Na avaliação do questionador, Lázaro Ramos e os novelistas se preocupariam apenas “com racismo e ideologia de gênero”, “como se so isto desse Ibope”.
Lázaro Ramos disse que era uma questão de demanda. “Está na vivência (estes temas)?
Se mandar, eles vão escutar”