O governador Paulo Câmara (PSB) publicou no Diário Oficial, nesta quarta-feira (7), uma lei estadual que, em seu artigo oitavo, extinguiu a Delegacia de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos (Decasp).

O governador tinha um prazo de quinze dias para analisar a lei, mas preferiu sancionar a lei no mesmo dia em que recebeu o texto da Assembleia Legislativa.

A matéria rendeu polêmica em sua tramitação na Alepe.

A associação de delegados da Polícia Civil se posicionou contra, bem como membros do Ministério Público Estadual, Ministério Público de Contas e Ministério Público Federal.

O coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol chegou a protestar, pelas redes sociais, assim como o procurador junto ao TCU, Júlio Marcelo Oliveira.

A OAB manifestou, em nota oficial, preocupação com o projeto.

Ainda sobre esta lei, o deputado federal Daniel Coelho (PPS), opositor do governador Paulo Câmara (PSB), acusou o socialista de “estelionato eleitoral” em discurso na Câmara dos Deputados, em Brasília. “Por que não assumiram isso no pleito eleitoral?

Por que não enviaram a matéria sem regime de urgência para que ela pudesse ser debatida com a sociedade?”, disse Daniel Coelho.

A promessa de ampliação da estrutura de investigação foi feita durante a campanha eleitoral. “Está muito evidente o estelionato eleitoral, a mentira que foi contada ao povo de Pernambuco”, acusou.

O parlamentar reclamou de a matéria ter sido votada em regime de urgência após o fim do período eleitoral. “Evidente que esse fato teria repercussão na própria eleição.

A população apoia as ações da polícia no sentido de combater a corrupção, de prender aqueles que estão desviando os recursos da nossa população, tirando os recursos da saúde, da educação e da segurança”, afirmou Daniel Coelho.

O governador respondeu pelas redes sociais e disse que era fake news a argumentação dos adversários.