O atual presidente da Câmara Municipal do Cabo, Neto da Farmácia, marcou para a próxima quinta-feira, a eleição para a mesa diretora da casa.
O presidente Anderson Bocão havia sido afastado, na esteira de investigações do Ministério Público do Estado sobre contratação de funcionários fantasmas nos gabinetes.
Antes dos problemas com os órgãos de investigação, Bocão e os aliados na Câmara Municipal haviam antecipado as eleições do próximo biênio, de 2019 a 2020.
Nesta mesma terça-feira, uma recomendação do MPPE publicada no DO orientou que a casa dê posse a três substitutos de vereadores que haviam sido afastados.
Um outro vereador substituto havia obtido ação na Justiça para a posse, há cerca de duas semanas.
De acordo com informações de bastidores, a vereadora Edna Gomes, aliada de Lula Cabral e ex-vice prefeita na gestão passada, pode ser uma das candidatas a presidência na eleição de quinta.
A vereadora visitou Lula Cabral, no Cotel, neste final de semana, de acordo com informações de bastidores.
Os vereadores locais estão sendo pressionados pela oposição a abrir uma CPI para investigar a gestão Lula Cabral, do PSB, após a Polícia Federal ter feito apreensões e prisões na esteira da operação abismo.
De 14 vereadores, consta que três são favoráveis ao início da investigação própria por parte do Legislativo Municipal.
Pedido de soltura Sem alarde, os advogados do prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral (PSB), entraram com um pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O pedido foi protocolado nesta segunda-feira (5), no final da tarde.
O prefeito está preso, desde 19 de outubro, no Cotel.
O habeas corpus foi distribuído para a ministra Laurita Vaz, que já analisou e deferiu outros habeas corpus na mesma Operação Abismo, para outros presos.
Ainda não há decisão da ministra.
Em outros habeas corpus concedidos nesta Operação, a ministra conferiu a liberdade, mas impôs medidas cautelares aos presos.
Em decisão de 31 de outubro, ao libertar o também preso na Operação Leonardo Leite Mota, a ministra impôs ao libertado ao menos três condições: “comparecimento periódico em juízo”, “proibição de gestão de empresa que tenha qualquer relação com os fatos apurados” e “proibição de ausentar-se da Comarca sem prévia e expressa autorização”.
Advogado criminal, ouvido pelo Blog sob reserva, diz que a ministra, em tese, poderia até mesmo impor como cautelar a Lula Cabral o afastamento da Prefeitura.
Segundo a fonte, a decisão da ministra do STJ deve sair nas próximas horas.
Caso deferido o habeas corpus, a ministra vai comunicar ao TRF5, em Recife, por malote eletrônico, para que o TRF5 expeça o alvará de soltura.