Estadão Conteúdo - O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), disse nesta segunda-feira (5) que deu “carta branca de 100%” para o seu futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, mas que em situações de discordância, eles terão de chegar a um “meio-termo”.
Como exemplo, citou a questão da redução da maioridade penal, que defende. “Na conversa que tive rapidamente com Sérgio Moro, de 40 minutos, dei carta branca para ele tratar de assuntos de corrupção e crime organizado, 100%.
Não vai ter indicação na Polícia Federal. É carta branca, 100%”, declarou, em entrevista à Band, lembrando que muitos dos assuntos controversos ainda passarão pela Justiça. “Naquilo que nós somos antagônicos, vamos buscar o meio-termo.
Sou favorável à posse de arma; se a ideia dele for o contrário, tem que chegar a um meio-termo”, afirmou.
LEIA TAMBÉM » Para Eduardo Bolsonaro, reforma da Previdência não sai este ano » STF prevê protagonismo maior no governo Bolsonaro » Segurança de Bolsonaro terá esquema inédito a partir da posse » FHC diz que Bolsonaro vai prejudicar imagem do Brasil no exterior Ele citou bandeiras de campanha, como a redução da maioridade penal e a flexibilização do Estatuto do Desarmamento, e disse que elas não serão deixadas de lado mesmo que Moro pense de forma oposta.
Ao falar do direito à posse de arma, disse: “Nunca deixei de dormir com arma de fogo do lado”.
Bolsonaro comentou políticas para redução da violência urbana e declarou ser favorável ao uso de drones com armamento acoplado, defendido pelo governador eleito do Rio, Wilson Witzel (PSL). “Vocês da mídia dizem que vivemos em guerra.
Sou a favor porque não tem outro caminho.
Do outro lado tem alguém atirando à vontade.
Como você põe um ponto final?”