Sob protestos nas galerias e de deputados de oposição, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou, nesta segunda-feira (5), por 18 votos a 7, a redação final do projeto de lei que cria, na estrutura da Polícia Civil, o Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco).

Com a mudança, serão extintas as delegacias de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos (Decasp) e de Crimes contra a Propriedade Imaterial (Deprim).

Votaram contra a proposta os deputados Antônio Moraes (PP), Álvaro Porto (PTB), Edilson Silva (PSOL), Joel da Harpa (PP), Júlio Cavalcanti (PTB), Priscila Krause (DEM) e Socorro Pimentel (PTB).

Os deputados Augusto César (PTB), André Ferreira (PSC) e Bispo Ossesio Silva (PRB) não estiveram presentes, mas votaram contra o projeto em votações anteriores.

LEIA TAMBÉM » Paulo Câmara diz que é ‘fake’ fim de delegacias de combate à corrupção » Alepe aprova projeto que extingue delegacias de combate à corrupção e cria nova estrutura “Como se fortalece o enfrentamento diminuindo a especialização da investigação?”, questionou Priscila Krause.

Edilson Silva disse que houve “pouco tempo” para a análise da pauta.

O projeto, que entrou em regime de urgência, foi aprovado em primeira e segunda discussões na semana passada.

Com a aprovação da redação final, o texto segue para sanção do governador Paulo Câmara (PSB).

O socialista afirmou na semana passada ser “fake” a informação de que será reduzido o combate à corrupção. “Hoje, com a estrutura existente, são 21 policiais atuando.

Com a implantação do Draco, a partir de janeiro, serão mais de 100 profissionais voltados ao combate ao crime organizado e aos casos de desvios de dinheiro público”, defendeu o governador. “A Polícia Civil será ainda mais rigorosa com a corrupção e o crime organizado”.