O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta quarta-feira (31), pelo Twitter, que os ministérios “não serão compostos por condenados por corrupção”. “Anunciarei os nomes oficialmente em minhas redes.
Qualquer informação além é mera especulação maldosa e sem credibilidade”, disse.
A publicação foi feita após questionamentos pelas redes sobre a possibilidade de indicação do deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF).
O parlamentar foi condenado este ano por concussão, quando um servidor exige vantagem ilícita em razão do cargo que ocupa.
Nossos ministérios não serão compostos por condenados por corrupção, como foram nos últimos governos.
Anunciarei os nomes oficialmente em minhas redes.
Qualquer informação além é mera especulação maldosa e sem credibilidade. — Jair M.
Bolsonaro (@jairbolsonaro) 31 de outubro de 2018 Antes do segundo turno, Bolsonaro afirmou que Fraga, coordenador da Frente Parlamentar da Segurança Pública, conhecida como “bancada da bala”, iria comandar o grupo do Palácio do Planalto.
O deputado disse à imprensa que Bolsonaro o queria como ministro das Relações Institucionais.
Já eleito, o futuro presidente afirmou que quem estivesse se promovendo estaria fora do governo.
Bolsonaro já anunciou quatro nomes para as pastas.
O mais recente foi o tenente-coronel e astronauta Marcos Pontes, para a pasta de Ciência e Tecnologia.
O economista Paulo Guedes assumirá o superministério da Economia, que vai reunir Fazenda, Planejamento e Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
O general Augusto Heleno ficará à frente da Defesa.
A articulação política, na Casa Civil, será feita pelo deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS).
O parlamentar, assim como Fraga, faz parte da “bancada da bala”.
Em maio do ano passado, quando vieram à tona as delações de executivos do Grupo JBS em que Onyx foi citado como tendo recebido dinheiro dos executivos, ele confessou o uso do dinheiro.
Na época, deu entrevistas e gravou um vídeo reconhecendo que recebeu R$ 100 mil durante a campanha eleitoral de 2014 de um empresário e não declarou o valor na sua prestação de contas, o que configura o crime de caixa 2.
O parlamentar disse que entregaria uma declaração ao Ministério Público Federal (MPF) assumindo o erro e que pagaria por ele.
Até hoje, não foi denunciado.