Por Gustavo Maia Gomes, no JC deste domingo Quando houve eleição no Céu, com os candidatos “Amigo do Povo” e “Tu Mentes”, Santo Auspício votou no segundo.

No pleito brasileiro de hoje, entre “Sou Lula” e “Sou Contra Lula”, eu votarei neste último.

No paraíso, os amigos do povo transformaram o lugar num inferno.

No Brasil, os governos lulistas deixaram doze milhões de desempregados.

Amigo do Povo prometeu felicidade para todos; Tu Mentes lembrou que a desgraça atual tinha sido criada pelos companheiros do seu adversário, o mais notório dos quais estava preso por haver roubado o dízimo.

Nunca antes, alguém tinha sido mandado para a cadeia, naquelas paragens.

O Grande Líder foi.

Ele jurou que a justiça divina o condenara sem provas.

O segundo candidato disse apenas: “tu mentes”.

E ganhou a eleição.

Os brasileiros tomarão, hoje, uma decisão histórica.

Já declarei meu voto.

Ele não é um cheque em branco para Bolsonaro.

Discordo de muitas posições suas, assim como concordo com outras tantas.

Aguardarei para ver o que ele fará, se eleito.

Votar em Bolsonaro não me transforma em machista, homofóbico, adepto da tortura ou fascista, como Sou Lula vive espalhando.

Eu poderia dizer que os eleitores do candidato petista são todos ladrões, mas me recuso a fazê-lo.

Eu prezo a verdade, ele mente.

Winston Churchill era anticomunista.

Mas, quando a Alemanha invadiu a União Soviética, ele saiu em defesa de Stálin.

Disse mais: “se Hitler invadisse o inferno, eu faria, no mínimo, uma menção de apoio ao diabo no Parlamento”.

Naquele tempo, o inimigo da Inglaterra chamava-se Adolf.

Hoje, o inimigo do Brasil é o PT.

Se essa gente invadir o inferno, eu escreverei, no mínimo, um artigo de apoio ao diabo no Jornal do Commercio.

Ninguém desejaria tanto mal a Satanás, não é mesmo, Santo Auspício?

Gustavo Maia Gomes é economista