Estadão Conteúdo - O economista Paulo Guedes, apontado como ministro da Fazenda do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), disse que o Mercosul não será prioridade no próximo governo.
Em entrevista no hotel Windsor, na Barra da Tijuca, Guedes disse que o Brasil “ficou prisioneiro de alianças ideológicas” e que isso é ruim para a economia. “Você só negocia com quem tiver inclinações bolivarianas.
O Mercosul foi feito totalmente ideológico. É uma prisão cognitiva”, disse.
Ao ser questionado por uma repórter do jornal argentino Clarín se o Brasil continuaria no bloco, Guedes respondeu apenas que: “Não será conosco.
Foi”.
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Se eu só vou comercializar com Venezuela, Bolívia e Argentina?
Não.
Nós vamos comercializar com o mundo, serão mais países.
Nós faremos comércio.
E se eu quiser comercializar com outros países?”, respondeu.
O economista ainda justificou que o foco de seu programa econômico será o controle de gastos e não o Mercosul. “É isso que você queria ouvir?
Mercosul não será prioridade.
A gente não está preocupado em te agradar.
Eu conheço esse estilo”, disse Guedes, exaltado a repórter argentina.