Lâmpada iluminando o sol Por Igor Maciel, na coluna de Política do JC Não fosse pelo apoio de Joaquim Barbosa, Haddad (PT) chegaria ao dia de hoje sem nenhum fato novo para respirar.

Convenhamos, Joaquim vai influenciar tanto na votação dele quanto uma lâmpada pode iluminar o sol.

Serviu apenas de consolo após a recusa de Ciro Gomes (PDT) que, depois de uma temporada em Paris, passou do “apoio crítico” para o “não apoio ninguém”.

Andando pela Champs-Élysées, o cearense deve ter lembrado um ditado muito popular no Nordeste: “antes calar que mal falar”.

No vídeo que gravou pra explicar que não apoiaria Haddad, afirmou que não diria a razão, porque “se não pode ajudar, também não quer atrapalhar”.

Há de se entender que as palavras seriam tão duras contra o PT quanto foram as do irmão dele, Cid Gomes, dias atrás.

Sem nenhum fato novo, os maiores interessados no resultado têm objetivos distintos para a votação de hoje.

Bolsonaro (PSL) quer uma vitória acachapante para se legitimar como o “Lula (PT) da direita”.

Haddad quer diminuir o prejuízo e reforçar a narrativa de “jogo sujo do adversário”.

E tem Ciro, torcendo por uma eleição dividida, para se apresentar enquanto alternativa para 2022.