O empenho do Brasil nas negociações de livre comércio deve ser uma das prioridades do próximo governo.
O tema é objeto de uma das propostas entregues aos presidenciáveis, em julho, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
No documento Acordos comerciais: as prioridades, a indústria sugere que o Brasil continue buscando acordos que sejam estratégicos para o setor industrial, como as negociações com a União Europeia e com o México.
Em outro documento, intitulado Defesa comercial: agenda para um comércio justo, a CNI sustenta que o avanço do comércio exterior brasileiro depende do uso técnico das medidas de defesa comercial.
A CNI quer garantir que o próximo governo considere as análises técnicas na aplicação de medidas antidumping, antissubsídios e de salvaguardas.
Esses são instrumentos legítimos e não se confundem com protecionismo.
Na proposta Tributação no Comércio Exterior: isonomia para a competitividade, a CNI defende ações de curto prazo para simplificar a carga tributária do comércio exterior enquanto a reforma tributária não avança.
Entre elas estão a manutenção da desoneração do ICMS nas exportações de bens não industriais e de semielaborados; o aumento da alíquota do Reintegra; a criação de mecanismos para utilização de créditos tributários federais e estaduais provenientes de exportações; o aperfeiçoamento dos regimes aduaneiros especiais de incentivo às exportações; e a retirada do valor aduaneiro e de custos de descarga da mercadoria no território nacional.