Na coluna painel, a Folha de São Paulo diz que “Ganha força no PSL a tese de que seria vantajoso manter Rodrigo Maia (DEM-RJ) no comando da Câmara e nomear Mendonça Filho (DEM-PE) ministro da Educação num gesto ao centrão”.
Nesta semana que passou, o Estadão Conteúdo já havia informado que o ex-ministro da Educação no governo de Michel Temer, Mendonça Filho (DEM-PE), tem colaborado com a equipe do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL).
O nome de Mendonça estaria, inclusive, sendo cogitado para voltar ao mesmo ministério que deixou em abril para se candidatar a senador por Pernambuco.
Além dele, o nome do empresário Eduardo Mufarej, do grupo RenovaBR, também está sendo considerado para o cargo.
Mendonça, que não foi eleito, teve reuniões com o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) em que apresentou o que foi feito na pasta durante a sua gestão e deu sugestões.
Apesar de o DEM ter se declarado neutro nas eleições presidenciais, Onyx já foi anunciado como futuro ministro da Casa Civil se Bolsonaro for eleito.
Segundo interlocutores, Mendonça teria enfatizado a importância do ensino em tempo integral e a reforma do ensino médio, que Temer aprovou por meio de medida provisória e tem sido a grande bandeira do governo em educação.
Em seu programa, Bolsonaro não menciona a reforma.
O candidato já declarou várias vezes que pretende fazer uma “mudança curricular” para tirar questões “ideológicas”, como gênero e sexualidade das escolas.
A gestão de Mendonça – continuada pelo atual ministro Rossieli Soares – foi responsável pela finalização da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
O documento começou a ser elaborado no governo de Dilma Rousseff e teve várias versões.
Na que foi aprovada, em 2017, menções a gênero e sexualidade foram retiradas.
Segundo o jornal O Estado de S.
Paulo apurou, outro nome cotado para o ministério é o do empresário Eduardo Mufarej, ex-presidente do grupo Somos Educação, e que está a frente da ONG RenovaBR.
A entidade tem o objetivo de formar lideranças para a política.
Ele seria uma indicação de Paulo Guedes, economista de Bolsonaro.
Guedes não gostaria que a pasta fosse ocupada por um militar.
Em entrevista ao Estado, o general Aléssio Ribeiro Souto, que está no grupo de discussões sobre educação do PSL, disse que a bibliografia deveria mudar para que professores exponham a “verdade” sobre o “regime de 1964”.
O ex-funcionário da Fundação Getulio Vargas Stravos Xanthopoylos também faz parte do grupo e foi cogitado para o cargo.
Mas seu nome tem perdido força nos últimos dias.