A seu modo, a campanha do petista Fernando Haddad lembrou os 200 dias de prisão do ex-presidente Lula, em Curitiba, no Paraná.
Para a campanha, Lula seria um ‘preso político’. “No dia 7 de abril de 2018 Luiz Inácio Lula da Silva foi levado para Curitiba.
Preparava-se, ali, para enfrentar uma terrível e injusta prisão, que, nesta terça-feira, 23 de outubro, completa 200 dias.
Ao mesmo tempo, completam-se hoje 200 dias de solidariedade ao ex-presidente Lula e de resistência contra a sua arbitrária prisão.
Ecoa no bairro de Santa Cândida, na Vigília Lula Livre, em frente à Polícia Federal em Curitiba, o grito de “Bom dia, presidente Lula!”, divulgou-se, nesta terça-feira.
Outra movimentação da campanha foi no sentido de associar o nome de Bolsonaro a torturadores e censura à imprensa, em entrevista ao SBT.
De acordo com a campanha de Haddad, o candidato do PSL voltou a defender o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, reconhecido como torturador pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), em entrevista ao SBT, nesta segunda-feira (22/10). “Bolsonaro afirmou que Ustra prestou um grande serviço ao Brasil (…) do outro lado estava José Dirceu, Dilma Rousseff (…) Ustra fez parte de um momento da história do Brasil.
Ele interrogava as pessoas e buscava desmobilizar grupos terroristas.
Bolsonaro tentou ainda relativizar a tortura, dizendo que a esquerda se vitimiza, busca compaixão, voto e poder”.
A campanha também cita que Ustra, ex-chefe do Destacamento de Operações Internas (DOI-Codi) durante a ditadura militar, foi exaltado por Bolsonaro durante a votação da admissibilidade do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Os petistas também reclamaram, agora, que são tratados como inimigos, não como adversários, embora desde sempre tenham feito a mesma coisa.
Lula já havia decretado o fim do Democratas, sem sucesso, antes. “Bolsonaro, tratando mais um vez seu adversário político como seu inimigo, disse que “não dá para conversar com esse tipo de gente”, e também questionado se pretende promover uma conciliação no país, o que incluiria conversar com seus adversários, ele afirmou que “mas olha só, essas minorias, tem a parte ativista que destoa da grande maioria”.
Em um terceiro movimento, a campanha do PT explorou uma entrevista de Bolsonaro para a Rádio Guaíba, onde um radialista pediu demissão no ar, alegando que teria havido censura. “O autoritarismo de Jair Bolsonaro fez mais uma vítima nesta terça-feira (23/10).
O jornalista Juremir Machado da Silva, da rádio Guaíba, foi censurado pelo candidato do PSL e pediu demissão ao vivo”, acusou a campanha do PT. “Bolsonaro impediu a participação de três jornalistas durante a entrevista que deu à rádio Guaíba, do Rio Grande do Sul.
Ele exigiu que apenas o âncora Rogério Mendelski o interpelasse, enquanto os demais participantes do programa – Juremir Machado da Silva, Jurandir Soares e Voltaire Porto – ficassem calados”.
De acordo com o PT, a exigência foi aceita pela rádio. “O âncora do programa, então, não passou a palavra para ninguém e fez uma entrevista “chapa branca”. “Toda nossa solidariedade a Juremir Machado.
Lutamos por um Brasil com democracia e liberdade de expressão”, diz o partido, que defende o controle da mídia por parte de conselhos e até bem pouco tempo dizia que a mídia era golpista.