Estadão Conteúdo - O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, minimizou a fala de seu filho Eduardo Bolsonaro, deputado federal eleito pelo PSL de São Paulo, de que “basta um soldado e um cabo” para fechar o Supremo Tribunal Federal (STF). “Eu já adverti o garoto”, afirmou o presidenciável, em entrevista ao SBT nesta segunda-feira, 22.

Ele também disse que “quem fala isso tem que buscar um psiquiatra”.

A declaração foi dada por Eduardo Bolsonaro num vídeo que veio à tona no fim de semana.

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Filho fez ameaça em vídeo no primeiro turno » ‘Atacar o Poder Judiciário é atacar a democracia’, diz Toffoli » STF serve como cabo eleitoral do capitão ? “É meu filho.

A responsabilidade é dele.

Ele já se desculpou.

Isso aconteceu há quatro meses.

Ele aceitou responder a uma pergunta sem pé nem cabeça, e resolveu levar para o lado desse absurdo aí.

Temos todo o respeito e consideração com os demais poderes e o Judiciário obviamente é importante”, declarou o presidenciável na entrevista.

Eduardo Bolsonaro tem 34 anos e, graças ao sobrenome, foi eleito o deputado federal mais votado da história, com 1,8 milhão de votos. “Eu até fui pesado com meu garoto.

Quem fala isso tem que buscar um psiquiatra.

Ele já assumiu a responsabilidade, repito, e se desculpou.

No que depender de nós, é uma página virada na história.

Por outro lado, o Wadih Damous falou de forma consciente em fechar o Supremo, e não teve essa repercussão toda O garoto errou, foi advertido, vamos tocar o barco”, continuou, referindo-se a uma fala do deputado do PT crítica à atuação do STF no episódio envolvendo a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em segunda instância e que está preso no âmbito da Lava Jato há seis meses.

Quanto à estratégia para esta última semana de campanha, Bolsonaro disse que os apoiadores estão sendo mobilizados via mídias sociais para que não haja “qualquer surpresa no dia 28”. “Não existe o ‘já ganhou’.

Você tem que lutar até o último momento, ninguém é dono do voto de ninguém.

Nosso pessoal está consciente em relação a isso.” Ele voltou a explicar por que descartou ir a debates de TV com o oponente Fernando Haddad (PT). “Parece que ele tem ponto eletrônico com um presidiário.

Ele não é dono de si.

Não tem autonomia pra falar nada.

Debate não vai levar a lugar nenhum.

Seria um bate-boca apenas.”