Após a Polícia Federal deflagrar, nesta sexta-feira (19), a Operação Abismo, três nomes da oposição ao prefeito Lula Cabral (PSB) no Cabo de Santo Agostinho divulgaram uma nota afirmando não estar surpresos com a ação.

O socialista foi preso na operação, que apura um suposto esquema de fraudes no instituto de previdência do município. “Não é de hoje que a oposição vem alertando e denunciando as graves irregularidades cometidas durante os três mandatos do atual gestor do Cabo de Santo Agostinho”, afirma o texto, assinado pelo deputado federal Betinho Gomes (PSDB) e pelos vereadores Ricardinho (SD) e José Arimateia (PSDB).

Segundo as investigações, que correm em segredo de justiça, o prefeito da cidade teria supostamente ordenado a transferência de mais de R$ 90 milhões do instituto – que antes se encontravam investidos em instituições sólidas – para fundos de investimento que colocavam em em risco o pagamento da aposentadoria dos servidores do município.

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Pesam contra ele: uma condenação por improbidade administrativa e fraudes em licitações, além de outros 18 processos pela mesma motivação; um rombo de R$ 97 milhões nos cofres públicos da cidade ao término da gestão em 2012; foi apontado como chefe de quadrilha pelo Ministério Público estadual; alvo de Operação Ratatouille, que está investigando os desvios de recursos públicos destinados à merenda no município; e, mais recentemente, alvo de investigação em fraudes de R$ 93 milhões no fundo previdenciário do município, que resultou no desfecho de hoje assistido por toda a população brasileira”, acusa a nota dos opositores de Lula Cabral.

Os parlamentares ainda afirmam que fizeram denúncias sobre as supostas irregularidades na previdência municipal aos órgãos de controle. “Diante de mais essa triste notícia que envolve em corrupção o nosso município, queremos externar a nossa solidariedade a todos os servidores do município e ao povo cabense e reafirmar o nosso compromisso de continuar a acompanhar e a cobrar da Justiça para que a apuração seja rápida e os responsáveis penalizados pelos crimes que cometeram”, conclui a nota dos opositores.