Por Manoel Fernandes, diretor BITES A batalha do dia entre os bolsonaristas e aliados de Fernando Haddad ocorre em torno da manchete de hoje da Folha de S.

Paulo e está impactando as discussões dentro do universo digital.

Até às 11h, os usuários do Twitter já haviam produzido 5,2 milhões de posts sobre vários assuntos.

Entre as dez hashtags mais utilizadas no serviço, quatro estavam relacionadas à campanha eleitoral, mas os aliados de Jair Bolsonaro lideravam em três (#censurapetista, #folhaputinhadopt e #PTNão).

A hashtag #caixa2dobolsonaro era a mais utilizada em 46.638 posts, mas as três pro-Bolsonaro reuniam 56.072, criando certo equilíbrio na disputa entre os dois grupos.

No Google, nas últimas quatro horas, as buscas sobre Bolsonaro eram de natureza negativa e gravitavam em torno desse tema.

Já existem consultas por informações sobre o que poderia ser o impeachment da candidatura do PSL.

No campo da dispersão de notícias na mídia clássica, entre os 8.226 artigos publicados nas últimas 12 horas, a notícia de maior dispersão era o artigo da Folha.

O texto registrava 93.961 reações totais com 23 mil compartilhamentos.

Não é número expressivo, mas serve como indicador de tendência.

Citado na reportagem, o empresário Luciano Hang, do Grupo Havan, fez uma live na sua fanpage prometendo uma resposta assertiva para a Folha às 17h durante a realização de uma transmissão ao vivo no Facebook.

ANÁLISE BITES Os aliados do PT tentam criar uma barreira de contenção contra Bolsonaro a partir da reportagem da Folha.

Mas, os bolsonaristas estão reagindo rapidamente na mesma intensidade e no sentido contrário.

O PT espera criar a percepção negativa capaz de influenciar aqueles que ainda estão indecisos em relação ao voto no próximo dia 27, além de pressionar o TSE por uma ação contra a campanha do candidato do PSL.

A capacidade de reação dos bolsonaristas deve criar uma grande onda contrária ao PT com a produção massiva de conteúdos em favor do candidato e contra Fernando Haddad.

Essa âncora dos aliados de Haddad revela a incapacidade do partido em criar fatos novos e a sua dependência do trabalho independente da mídia, que consegue produzir reportagens mais críticas e densas em relação a Bolsonaro.