Estadão Conteúdo - Horas depois de o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, cobrar publicamente um maior engajamento do PDT no segundo turno, o presidente nacional da sigla, Carlos Lupi, afirmou que o partido não vai se empenhar na campanha do petista e que já começa a preparar a candidatura de Ciro Gomes para o Planalto em 2022. “Nós já declaramos que estamos contra o fascismo. É clara a nossa posição.

Agora, nós não vamos fazer campanha, discutir plano de governo”, afirmou Lupi ao Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

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Lupi, porém, negou a conversa.

Até o fechamento da reportagem, a assessoria da senadora não respondeu aos contatos. “Nem sei onde ela queria se reunir.

Já tinha falado com ela que a minha posição era esta”, disse.

O presidente do PDT voltou a falar ainda que a sigla vai ser oposição ao governo que for eleito em 28 de outubro. “No dia 29 a gente já vai para a rua preparar a campanha do Ciro para 2022”, afirmou. » Presidente do PCdoB nega proposta de Kátia Abreu: ‘Seria um cavalo de pau’ » Túlio Gadelha faz coro a Kátia Abreu e defende desistência de Haddad » Kátia Abreu sugere que Haddad renuncie e Ciro o substitua contra Bolsonaro » ‘Ele não, sem dúvida’, diz Ciro após resultado das urnas » Afilhado de Ciro Gomes, Camilo Santana vence no 1º turno no Ceará Questionado sobre o apoio de candidatos do PDT a governos estaduais a Jair Bolsonaro (PSL) neste segundo turno, como Carlos Eduardo (RN) e Amazonino Mendes (AM), Lupi disse que o assunto será discutido depois das eleições. “Não vou sangrar o partido nas vésperas das eleições.

Isso aqui não é o Terceiro Reich”, afirmou.

Especificamente sobre a posição no Rio Grande do Norte, Lupi aproveitou para, uma vez mais, criticar o PT. “Como eu vou exigir que o meu candidato suba no palanque do PT?”, afirmou, em referência à petista Fátima Bezerra.