No primeiro dia de guia eleitoral dos candidatos à presidência da República na rádio, nesta sexta-feira (12), Jair Bolsonaro (PSL) buscou os anti-petistas, ao criticar o ex-presidente Lula (PT), e tentou se aproximar das mulheres, chorando ao falar sobre a filha mais nova, Laura, de 7 anos.
Já Fernando Haddad (PT) levou ao ar uma frase dita por Bolsonaro no Acre: “Vamos fuzilar a petralhada”.
A declaração foi em um ato de campanha e foi usada por Haddad para criticar “violência e intolerância”.
O primeiro programa no rádio foi o de Bolsonaro, que começa falando sobre a queda do muro de Berlim, para criticar o comunismo. “O vermelho jamais foi a cor da esperança”, diz o locutor.
Em seguida, inclui depoimentos, para associar Haddad a Lula. “Haddad vai ser só um bonequinho que você compra numa feirinha”, fala um deles.
No fim, Bolsonaro chora, faz uma pausa e fala sobre a filha mais nova, que aparece falando “eu te amo”.
O guia de Haddad entrou em seguida falando sobre ataques denunciados após o primeiro turno da eleição, denunciando “alguns seguidores de Bolsonaro em onda de violência e intolerância”, ligando à frase dita pelo adversário no início de setembro. “O que é mais bacana: um povo de arma na mão, como propõe Bolsonaro, ou com um livro na mão, como propõe Haddad?”, questiona o locutor.
Adotando uma postura mais de centro, em busca de votos de fora do seu campo, Haddad citou Deus e o casamento, que dura 30 anos.
Além disso, não falou em Lula nem no PT. “Agradeço a Deus e a você, que me ajudou a chegar no segundo turno”, afirma o candidato. “Essa campanha não é de um partido, é de um povo que quer mudar o País”.