O candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta quarta-feira (10) que, se eleito, vai criar um “décimo terceiro salário” para os beneficiários do Bolsa Família, programa de assistência social criado pelo partido adversário no segundo turno, o PT de Fernando Haddad.
O projeto de criação de um décimo terceiro salário chamou muito a atenção das famílias beneficiadas pelo programa ‘Bolsa Família’ em propagandas partidárias no estado de Pernambuco.
Acontece que os candidatos a governador, Armando Monteiro (PTB) e Paulo Câmara (PSB), decidiram incluir o Projeto de Lei (PLS 256/2017) do Senador Lindberg Farias (PT-RJ), em suas propostas para o Governo do Estado.
O projeto apresentado pelo Senador Lindberg Farias do PT-RJ é do dia 09 de Setembro de 2017, e segue aguardando um relator desde então.
De acordo com o projeto, até o dia 15 de dezembro de cada ano, as famílias beneficiadas receberiam um décimo terceiro salário, o valor seria equivalente ao maior recebido nas 12 parcelas pagas por ano pelo ‘Bolsa Família’.
Já em Pernambuco, a ideia de pagar um ‘13° salário’ para os beneficiários do programa foi anunciada primeiramente pelo atual governador Paulo Câmara (PSB), nos minutos finais do debate realizado pela Rádio Jornal entre candidatos ao governo do Estado.
Segundo Paulo, apesar do programa ser do governo federal, o beneficio da 13ª parcela seria pago com dinheiro dos cofres estaduais.
Na versão do presidenciável, a proposta foi uma iniciativa do seu vice, o general Hamilton Mourão (PRTB).
O militar foi pivô de uma polêmica no primeiro turno depois de criticar publicamente o 13º salário do trabalhador e outros direitos garantidos pela Constituição, que, na visão dele, seriam “jabuticabas” que oneram ainda mais os empregadores no Brasil.
As declarações provocaram uma crise na campanha, e Bolsonaro, até então internado no Hospital Albert Einstein (SP), deu uma bronca no vice em suas redes sociais.
O pesselista explicou, durante transmissão ao vivo ao lado do empresário Luciano Hang, nesta quarta, que a sugestão foi colocada por Mourão ao guru econômico do candidato, Paulo Guedes –cotado para ministro da Fazenda.
Guedes teria então dado o aval.