Por Roberto Numeriano, em artigo enviado ao blog Vencemos a primeira batalha da guerra de vida ou morte contra as hordas fascistas que nos atacam desde os seus mundos maus e fétidos.

E a nossa maior e gloriosa trincheira, porque feita de honra, fibra moral e solidariedade, é o país chamado Nordeste brasileiro.

Somos os santos guerreiros contra o dragão da maldade e suas legiões de demônios.

Escrevo vencemos sem aspas mesmo, pois, assim como aqueles heroicos combatentes imortais de Estalingrado (resistindo por 900 dias ao cerco da máquina de guerra nazista), demonstraram que era possível vencer Hitler, nós também resistimos e rechaçamos o primeiro ataque dessas tropas fascistas, movidas a ódio e preconceito.

Já começou a segunda e decisiva batalha do segundo turno.

Aos sensíveis, aos mais refinados, peço que relevem os meus ataques a essa horda ou simplesmente não leiam as minhas crônicas.

Não é tempo de palavras formais, eruditas e técnicas para combater os fascistas do cretino Bolsonazi.

Posso compreender que vocês não adotem o discurso duro e agressivo, também respeito suas sensibilidades, mas até o dia 28 eu vou bater sem dó nem piedade a partir desta minha trincheira, quando não estiver por aí (como fiz durante os últimos três meses, viajando por alguns municípios).

Cada qual tem seus limites.

O que posso dizer é que nunca, em toda a história política brasileira, estivemos sob o ataque do fascismo político e social a nos agredir já de dentro de nossas famílias, ambientes de trabalho, estádios de futebol, escolas e universidades, ruas e praças.

O energúmeno conjurou toda uma parcela da sociedade reacionária e egoísta que jazia na podridão de seus armários, viçando no ódio e na violência.

Como zumbis sedentos por crime, eles estão sob o sol, arreganhando seus dentes hidrófobos contra tudo e todos que representam a paz, a boa vontade, a solidariedade, o sonho e a esperança por justiça social.

A maioria dos nordestinos cultiva esses valores, e não por acaso a região ergue-se como a principal trincheira na resistência e combate ao avanço fascista.

Peço que lutem nas mídias e nas ruas, no trabalho e nos locais de estudo, nas famílias e grupos de colegas, parentes e amigos.

Uma imensa nuvem de trevas quer nos cobrir.

E tenho certeza que muitos de vocês já podem senti-la.

Mas não temos tempo de ter medo.

Saiam pra luta.

Abracem a vida.

Desde já, o meu lema é “A nossa bandeira não será fascista”.

Roberto Numeriano é jornalista, professor, pós-doutor em Ciência Política e produtor cultural.

Foi candidato a deputado pelo Avante