Um dia depois do primeiro turno das eleições, que confirmou o segundo turno entre os presidenciáveis Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), os candidatos concederam entrevista ao Jornal Nacional nesta segunda-feira (8).
O ex-prefeito de São Paulo disse que desistiu de uma Assembleia Nacional Constituinte e o deputado federal afirmou que o seu vice deu uma “canelada” ao falar sobre o mesmo tema.
Perguntado sobre a proposta que estava no plano de governo do PT de convocar uma Assembleia Nacional Constituinte para mudar a constituição brasileira, Haddad disse que mudou de ideia. “Nós revimos o nosso posicionamento, nós vamos fazer as reformas devidas por emendas constitucionais”, disse.
O petista ainda foi questionado sobre a declaração dada pelo ex-presidente do Partido dos Trabalhadores, José Dirceu, que declarou que era “questão de tempo para o PT tomar o poder” em entrevista ao jornal espanhol ‘El País’. “O ex-ministro não participa da minha campanha, não participara do meu governo e eu discordo da formulação dessa frase, para mim a democracia sempre estará em primeiro lugar”.
Jair Bolsonaro foi questionado sobre declarações do vice, general Hamilton Mourão, que dias atrás defendeu a realização de uma Constituinte. “Ele é general, eu sou capitão, mas eu sou o presidente.
Eu o desautorizei nessas duas oportunidades.
Jamais posso admitir uma nova Constituinte", afirmou.
O presidenciável comentou ainda a declaração de Mourão sobre um “autogolpe”. “Eu não entendi o que ele quis dizer com autogolpe, mas isso não existe.
Se estamos disputando eleições é porque acreditamos no voto popular”. “Nessas duas vezes, ele foi infeliz.
Deu uma canelada.” .
Bolsonaro disse ainda que Mourão “sabe a responsabilidade que tem” mas que lhe falta “um pouco de tato, de vivência política”.