Atrás de Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) nas pesquisas de intenções de voto, Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (PSDB) usaram o último debate entre os presidenciáveis, realizado pela TV Globo nesta quinta-feira (4), para criticar a polarização entre os dois.

Bolsonaro não foi ao debate, segundo a assessoria de imprensa, por orientação médica, e, no mesmo horário, foi exibida na TV Record uma entrevista com ele. “Existe o lulismo e o anti-lulismo que Bolsonaro representa”, constatou Ciro Gomes, que foi ministro da Integração Nacional no primeiro governo Lula (PT).

LEIA TAMBÉM » Marina diz que Bolsonaro ‘mais uma vez amarelou’ ao faltar debate » Contra Bolsonaro, Boulos critica ditadura: ‘a gente nunca esteve tão perto’ » Com estilo mais agressivo, Haddad defende Lula e legado do PT » No horário do debate, Bolsonaro diz que Haddad é ‘fantoche’ O próprio Ciro Gomes antes, ao abrir o debate fazendo uma pergunta a Marina Silva, questionou se o cenário político poderia terminar em um novo impeachment. “Eu não acredito que a permanecer essa polarização se possa governar no Brasil.

Alguns estão votando por medo do Bolsonaro, outros por medo do Haddad.

Ou estão votando porque tem raiva um do outro”, disse Marina. “Eu não acredito nessa tentativa de fazer com que as eleições sejam apenas um plebiscito a partir das pesquisas, temos que por um basta nessa ideia de que a gente vai para as urnas para combater o medo.

Você tem que decidir porque tem esperança em um Brasil justo”. “O que está em jogo aqui não é paixão partidária nem ódio muito menos”, disse Ciro Gomes. » Embate entre Alvaro Dias e Haddad esquenta o debate: ‘O senhor precisa se situar aqui’ » Ciro alfineta Bolsonaro e diz que filha e neta não são ‘fraquejadas’ » Ciro chama Mourão de ‘tosco’ e frisa briga entre vice, Bolsonaro e Guedes » TSE determina remoção de fake news contra Haddad Alckmin escolheu Haddad para fazer a sua pergunta. “Não acredito que o PT nem Bolsonaro vão unir o Brasil”, afirmou o tucano.

Haddad rebateu afirmando que o PSDB mantém um ministro do governo Michel Temer (MDB) e que chegou a ter quatro representantes no primeiro escalão. “Tem um remanescente inclusive elogiando Bolsonaro”, disse, sobre Aloysio Nunes, da pasta de Relações Exteriores. Álvaro Dias (Podemos) afirmou que há “de um lado a organização criminosa (referindo-se ao PT) e do outro a marcha da insensatez (sobre Bolsonaro)”.