O ex-governador do Estado e ex-prefeito do Recife Roberto Magalhães disse, nesta quarta-feira, em visita à redação do JC, para divulgar seu mais novo livro, que o Mensalão e depois a Operação Lava Jato foram as duas coisas mais importantes que ele viu nos últimos 20 anos. “O Mensalão foi uma coisa completamente inesperada.
Uma coisa inadmissível.
Antes, uma pessoa de classe média entrava na política e saia classe média.
Teve gente que saia até mais pobre.
Cid (Sampaio) teve que vender patrimônio (usina) para abater dívidas de campanha.
Entrou rico e saiu complicado”, comparou.
Magalhães, que diz estar em luta com o PT há 30 anos, revelou um receio com o pós-eleições, caso Haddad vença o pleito. “Se o PT voltar ao poder, acaba com a Lava Jato.
Até o juiz (Sérgio Moro) deixa o cargo e vai viver no exterior, pois conta com um bom conceito internacional”, comentou.
Questionado se a eleição deste final de semana daria Bolsonaro ou Haddad, o ex-governador tergiversou e não respondeu diretamente. “A situação do Brasil está tão difícil, tão encrencada, que a solução tem que vir lá de cima.
Não tem terráqueo que resolva”, afirmou.
O ex-governador do Estado começou a carreira política atendendo a um convite de bate pronto de Nilo Coelho, que precisava substituir de um dia para o outro um secretário de Educação. “(Aceitei o convite) Sempre errei por ação, jamais por omissão”, declara.