Na Rádio Jornal, Haddad disse que “enquanto o governo Temer termina melancolicamente, Bolsonaro quer continuar e aprofundar os atrasos promovidos por Temer, quando propõe cortar o 13º, o Bolsa Família, cobrar imposto dos mais pobres, ou seja, o oposto da sua proposta de isentar quem ganha até cinco salários mínimos”. “Eu vejo com tristeza essa política econômica do Bolsonaro.

Os banqueiros acham que se os pobres ganharem menos e os empresários ganharem mais, a economia vai ser reativada.

Bolsonaro quer aumentar o lucro dos banqueiros.

Outra coisa, é que ele quer vender as estatais lucrativa como Petrobras.

Isso inviabiliza o Brasil porque vai aumentar os combustíveis, o gás, a gasolina, o álcool”, afirmou.

O candidato comentou a promessa de reforma bancária. “Os bancos terão que ser enquadrados, porque os juros cobrados no Brasil não existem em lugar nenhum do mundo. É quatro vezes maior que a média internacional.

Os bancos querem ganhar dinheiro na especulação.

E nós queremos renegociar os juros com eles, para as pessoas poderem abrir seu negocio, abrir um crediário, pagar divida, mas com juro normal, não com os juros absurdos que são cobrados hoje”.

Haddad disse que pretende fazer essa reforma por meio do Banco Central, que tem que regular os juros que os bancos cobram do consumidor. “Vamos introduzir regras pra isso.

Todos os cincos bancos vão ter que aceitar essa nova regulação.

Essa medida é contra o cartel”.

Haddad prometeu o fortalecimento das instituições que controlam a corrupção. “Antes dos nossos governos, toda a sujeira era varrida pra debaixo do tapete.

Isso não sou só eu que digo, a Polícia Federal e o Ministério Público também falam: quem fortaleceu essas instituições foram os nossos governos.

O indivíduo do nosso partido que cometeu erro, foi julgado, alguns absolvidos, outros condenados, mas ninguém foi protegido”, disse.

O candidato diz que Lula é inocente e um preso político, já tendo dado sinais de que pode conceder indulto ao ex-presidente, mesmo contra a maoiria do desejo da população, conforme pesquisa do Datafolha.

Haddad prometeu aos ouvintes da rádio fortalecer as instituições em seu governo. “A Polícia Federal e o Ministério Público vão receber reforço.

O Temer enfraqueceu as instituições e voltou a jogar a sujeira pra baixo do tapete.

Eu faço aqui um compromisso solene com todos ouvintes.” O candidato destacou que “isso não significa que a Justiça não possa cometer erros”. “Para isso, existem os recursos.

No caso de Lula, é flagrante o erro, e queremos que se corrija.

Ele foi condenado sem provas para não participar das eleições.

Isso todo mundo sabe.

Se perguntar no exterior, todo mundo sabe que um erro aconteceu contra Lula.

A ONU sabe, até o papa sabe.

Todos têm o direito de ver reparado um erro que foi cometido”, disse. “O grande estadista Lula, aquele que mais projetou o Brasil no mundo por boas razões, que expandiu as oportunidades na educação, que matou a fome do brasileiro, que fez a transposição e efetivamente emancipou o Nordeste, dando horizonte para região mais esquecida da história, sempre será ouvido em seu governo.

Jamais vou me negar a conversar com ele.

E eu espero que até a minha posse ele já tenha sido absolvido.

Eu tenho certeza que vão reparar o erro gravíssimo que cometeram contra ele”.

Haddad falou sobre a relação que devemos ter com os países vizinhos.

Para ele, o papel de líder que o Brasil tem na América Latina exige prudência para que se possa mediar os conflitos existentes. “O discurso belicoso leva o Brasil para o buraco.

Isso é agenda do Bolsonaro, não é agenda do Lula ou do meu governo”. “Nós queremos federalizar a investigação de alguns crimes.

Colocar a Polícia Federal, com inteligência e tecnologia, para enfrentar o crime organizado em todos os estados.

Nós entendemos que a PF tem que se envolver mais em questões que hoje são atribuições da Polícia Militar dos estados.

Com a federalização, o combate ao crime organizado será mais efetivo.

Colocar uma arma na mão do cidadão para enfrentar alguém que tem mais habilidade que você, como quer o Bolsonaro, só vai aumentar o número de violência nas ruas”, prometeu.