Por Manuel Fernandes, na análise da empresa Bites Poucos imaginavam o atual estágio da candidatura de Jair Bolsonaro.
Quem se surpreendia com o seu crescimento nas pesquisas buscava algum conforto no princípio da desidratação.
Ele não iria resistir a uma campanha contrária e perderia fôlego antes de chegar ao segundo turno.
Encontrar esse flanco na campanha se tornou uma obsessão porque era mais fácil negar as evidências da realidade, expressadas na sua trajetória digital, e havia necessidade de reafirmar o viés de confirmação.
Tudo baseado em torcida, não em fatos.
O time de BITES sempre pensou diferente.
Em outubro de 2014, Bolsonaro, entrevistado pelo Estado de S.
Paulo, afirmou que “serei o candidato da direita à Presidência em 2018.” Desde então, com a ajuda das redes sociais, ele construiu essa trajetória.
Ele se conectou aos fluxos de informação que carregavam a insatisfação com o sistema político e temas como corrupção e violência.
Foi um movimento fora do radar dos modelos clássicos de captação de tendências eleitorais.
A partir da entrevista ao Estadão, quando BITES começou a monitorar os perfis do deputado, o número de fãs e seguidores era inferior a 50 mil.
A performance digital não foi apenas significativa no aumento da sua base de fãs.
Ele também obteve ganhos nos compartilhamentos dos seus comentários no Facebook e Twitter.
No último ano, quando produziu 1.187 posts na sua fanpage, o deputado obteve 12,2 milhões de compartilhamentos, média de 10.294 por post.
No Twitter, foram 13 milhões de retuítes, para 2037 posts nessa plataforma.
A média ficou em 6388 RTs por post.
A taxa média de Alckmin nesse período ficou em 786 compartilhamentos em cada texto publicado na sua fanpage no último ano e 52 no Twitter.