O senador Armando Monteiro Neto (PTB) voltou a ligar o governador Paulo Câmara (PSB) à Operação Torrentes na noite desta terça-feira (2), durante o debate promovido pela TV Globo.

O petebista usou uma pergunta à candidata do PSOL, Dani Portela, para “bater” no seu adversário.

Armando disse ter ficado “estarrecido” ao ver a “Polícia Federal entrando naquilo que é o simbolo da dignidade do poder”. “A denúncia alcança figuras notórias e ligadas ao núcleo mais forte do governo”, afirmou.

Um dos acusados na quinta denúncia oferecida no âmbito da Torrentes foi o coronel Mário Cavalcanti, ex-secretário dos governos Eduardo Campos (PSB) e Paulo Câmara.

A Operação Torrentes foi deflagrada pela Polícia Federal há um ano, para investigar contratos da Secretaria da Casa Militar, com recursos da União, para o atendimento das vítimas das enchentes na Mata Sul em 2010 e 2017. “É algo absolutamente intolerável, desviar dinheiro que deveria ir para a assistência na Mata Sul, no momento mais difícil para as pessoas.

Esse grupo fez corrupção no momento da assistência aos flagelados”, acusou.

Dani Portela evitou entrar em dobradinha com Armando, mas também criticou a suspeita de corrupção na Casa Militar. “Muitas vezes acontecem nesses palanques amplos”, afirmou, alfinetando também o petebista. “Não podemos tolerar políticos que vem de quatro em quatro anos e quando governam ficam de costas para você”, disse ainda.

A candidata também defendeu o próprio partido. “O PSOL é um dos únicos partidos no Brasil que não está envolvido em corrupção.

Nós não temos bandido de estimação”.