Antes, a imprensa era golpista.

Agora, é o PT que diz defender liberdade de expressão.

De todo modo, o partido, que defende o controle da mídia em seu plano de governo, comemorou a decisão, nesta segunda-feira (01/10), do ministro Ricardo Lewandwski, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que concedeu o direito à Folha de S.

Paulo e a jornalista Mônica Bergamo, de entrevistar o ex-presidente na cadeia.

Lewandowski determinou que sua ordem seja cumprida imediatamente, sob pena de configuração do crime de desobediência.

Diz o documento: “Em face de todo o exposto, reafirmo a autoridade e vigência da decisão que proferi na presente Reclamação para determinar que seja franqueado, incontinenti, ao reclamante e à respectiva equipe técnica, acompanhada dos equipamentos necessários à captação de áudio, vídeo e fotojornalismo, o acesso ao ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a fim de que possam entrevistá-lo, caso seja de seu interesse, sob pena de configuração de crime de desobediência, com o imediato acionamento do Ministério Público para as providência cabíveis, servindo a presente decisão como mandado”. “Comunique-se ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região, à Juíza Federal da 12ª Vara Federal de Curitiba/PR”.

A autorização do ministro do STF, o mesmo que já havia feito uma lanbança no impedimenmto de Dilma e preservado seus direitos políticos, ocorre no mesmo dia que o juiz Sérgio Moro, da Lava Jato, liberou o sigilo sobre o acordo de colaboração do ex-ministro Antônio Palocci.

Falando para o mundo Nesta mesma segunda feira (01/10), o candidato do PT Fernando Haddad visitou o ex-presidente na sede da Superintendência da Polícia Federal, onde ele é mantido preso há quase seis meses.

Na saída, Haddad disse que estava passando um recado do ex-presidente: Lula disse que está à disposição da imprensa do Brasil e do mundo para “prestar esclarecimentos e falar da situação do país sem nenhum tipo de interdição”.

Haddad disse que conversou com Lula “sobre as graves ameaças à liberdade de imprensa”. “Queremos nos solidarizar com os veículos que estão querendo levar ao cidadão as informações.

Vários veículos têm pedido entrevista com o ex-presidente Lula, inclusive deferidas pelo poder judiciário.

Infelizmente tem havido um choque de entendimentos que tem prejudicado a própria imprensa, a liberdade de impressa e o direito do povo de ter informação.

Lula é um líder político importante, que tem o que dizer”, disse Fernando Haddad.

Haddad também repisou sua fase paz e amor ao falar sobre os ataques que seu programa de governo tem sofrido. “Na verdade, a preocupação é de que o Congresso tenha uma agenda de reformas constitucionais importantes, e que escolha o caminho mais adequado para fazê-las.

Nosso propósito é promover as reformas constitucionais como a mudança do regime tributário – hoje, o pobre que paga imposto, o rico não paga, e o Congresso tem que se debruçar sobre isso -; a reforma do sistema bancário contra o cartel que se estabeleceu no país, que espolia a população cobrando juros extorsivos. a questão dos regimes próprios de previdência, nós temos insistido nisso, muitos estados e municípios estão quebrados.

Tem uma agenda ampla, nós gostaríamos que o Congresso criasse um rito pra aprovar essas medidas, que dê uma segurança jurídica, que crie um ambiente de negócios favorável à retomada do crescimento”, disse.