O candidato do PSDB à presidência da República Geraldo Alckmin usou os votos de Jair Bolsonaro (PSL) em 2002 para atingir o adversário. “Bolsonaro declarou no plenário que votou no Lula”, enfatizou o tucano.

Naquele ano, Lula foi eleito pela primeira vez para o Palácio do Planalto.

A declaração de Alckmin foi para aproximar Bolsonaro do candidato do PT, Fernando Haddad, que lideram as pesquisas de intenções de voto. “É impressionante como os radicais se atraem”, disse, citando o Plano Real e a quebra dos monopólios das telecomunicações, pautas em que tanto o PT quanto Bolsonaro foram contrários.

LEIA TAMBÉM » Em debate, Haddad é questionado sobre apoio do PT ao MDB » Candidatos miram Bolsonaro e Haddad em penúltimo debate na TV Hoje opositor dos petistas, o candidato do PSL apoiou Ciro Gomes (atualmente no PDT e no período no PPS) no primeiro turno, em 2002.

No segundo turno, Bolsonaro disse na Câmara dos Deputados, onde está há 26 anos: “confesso publicamente que votei no segundo turno em Lula”. “Votei e trabalhei para Ciro Gomes no primeiro turno.

Perdi.

No segundo, escolhi o que considerei ser a melhor opção.

Haverá brava crise pela frente, mas mantemos a esperança de dias melhores.

Espero que o companheiro Lula, já que está na moda falar assim, consulte os quadros do PT, do PCdoB e de outros partidos para fazer suas escolhas”, afirmou ainda.

Na mesma fala, sugeriu o nome de José Genoíno para o Ministério da Defesa de Lula.