O candidato ao governo do Estado da coligação Pernambuco Vai Mudar, Armando Monteiro (PTB), recebeu o apoio oficial do candidato a deputado federal pelo Partido Republicano Progressista (PRP) Albérisson Carlos, presidente da Associação de Cabos e Soldados e de Pernambuco (ACS).
O candidato liderou greves que quebraram a hierarquia da PM, contra o governo socialista.
Na Alepe, a entidade também flertava com a oposição.
Mesmo sendo de um partido que integra a coligação do atual governador Paulo Câmara, Albérisson reafirmou o voto em Armando para “dar um basta na insegurança que Pernambuco enfrenta” e “por acreditar que como governador o petebista dará mais atenção aos policiais e bombeiros militares”. “É fundamental essa valorização e o diálogo com a categoria.
Nós vamos corrigir injustiças.
O que aconteceu no passado, nós vamos virar a página e nós vamos inaugurar um novo tempo.
Um primeiro compromisso é reexaminar as diferenças, o plano de cargo e carreiras, que é um elemento fundamental.
Em suma, remuneração e as condições que são oferecidas aos policiais”, disse Armando Monteiro. “Garantir a segurança das pessoas será um dos desafios à frente do governo.
Vamos criar o Comando Cidadão, vinculado diretamente ao gabinete do governador, implantando centrais de comando e inteligência e as patrulhas rurais.
O ex-líder grevista comentou. “Sabemos do medo que a população de Pernambuco vive hoje e como os policiais estão desmerecidos pela atual gestão.
Por isso, acredito que Armando vá olhar para esse problema de frente.
Neste governo nós tivemos muita perseguição.
Eles não quiseram ouvir a categoria, além de tirar direitos que são fundamentais para nós”, declarou o representante dos policiais. “Entre os problemas enfrentados pela categoria, estão o uso de coletes a prova de balas vencidos e a falta de material de comunicação.
O PM precisa utilizar o próprio celular para fazer chamadas de apoio", disse.
Albérisson declara-se como perseguido e diz que foi expulso do quadro militar após liderar as manifestações da Polícia Militar, em 2016, por melhores condições de trabalho.
O candidato diz que foi preso por conta das ações e que foi o primeiro policial militar do Brasil a ser solto após uma audiência de custódia. “Após três processos, fui expulso da corporação, mas recorreu à Justiça para ser reintegrado”.
Ele diz que não tem medo de sofrer represarias.
O presidente da ACS afirmou que existe uma ata do seu partido, registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), atestando que ele pode declarar apoio a qualquer candidato ao governo de Pernambuco.