Única candidata à presidência da República a participar dos últimos debates, a ex-senadora Marina Silva (Rede) passou a adotar como estratégia discurso para as mulheres.

No encontro promovido por SBT, UOL e Folha de S.

Paulo, nesta quarta-feira (26), dirigiu-se diversas vezes a elas.

Grupos de mulheres surgiram nas redes sociais contra Jair Bolsonaro (PSL), adversário de Marina, e marcaram para o próximo sábado (29), protestos contra o presidenciável em várias cidades do País.

LEIA TAMBÉM » Sem pontuar, Daciolo faz ‘ato profético’ e diz que ganha 1º turno com 51% » Disputando espaço, Ciro parte para o ataque contra o PT em debate » Em debate, Boulos compara Alckmin a Sérgio Cabral “Você, mulher, não sabe a alegria o orgulho que eu tenho de estar aqui representando você.

Você sabe quanto é difícil estar honestamente e competentemente disputando palmo a palmo”, disse nas considerações finais. “Quando tem uma bagunça na família, ninguém chama o Meirelles, não”, ironizou o opositor. “Chama uma tia, uma avó, uma mulher corajosa para solucionar”.

No momento em que foi questionada sobre o financiamento público de campanhas, afirmou que os fundos partidário e eleitoral são “exagerados” e que não precisavam ser milionários.

Marina ainda aproveitou para voltar o discurso para as mulheres. “O dinheiro que está sendo usado pelos partidos é o que falta para você, mulher, dar vacina ao seu filho”, disse.

Ao ser perguntada se apoiaria o candidato do PT, Fernando Haddad, em um possível segundo turno contra Jair Bolsonaro (PSL), afirmou que espera chegar lá. “Eu quero provar que uma mulher de origem humilde pode governar o Brasil”, disse.

Outros candidatos Ao longo do debate, Ciro Gomes (PDT) e Cabo Daciolo (Patriota) prometeram, se eleitos, entregar metade dos ministérios a mulheres.

Guilherme Boulos (PSOL) garantiu atuar para que as mulheres passem a ter salários iguais aos dos homens.