Antes mesmo de começar o debate na TV Jornal, a polarização de Paulo Câmara e Armando Monteiro já era notória.
Em uma das estações de trabalho, um socialista já fazia questionamentos ao grupo de oposição.
Uma das interpretações possíveis é que, diante da indefinição, Monteiro poderia ter o nome associado a Geraldo Alckmin ou mesmo Bolsonaro, que estão na coligação do PTB.
Ele não poderia declarar voto em Haddad porque este estaria aliado a Paulo Câmara, com o PT e o PSB casados.
O tema acabou não indo ao ar pelas mãos do governador Paulo Câmara.
Quem acabou fazendo a pergunta foi o adversário Maurício Rands, depois de ter afirmado que ambos os adversários estavam antes se escorando em Lula, mesmo sabendo que ele não seria candidato. “O senhor não disse em quem o senhor vai votar para presidente, mas usa uma estrela desbotada (na cor laranja) de Lula”, afirmou Rands.
Na tv, na hora, o candidato Armando Monteiro acabou adotando o ataque como resposta. “Eu fiz a minha vida sem padrinho, eu não preciso de bengala eleitoral, eu apreendi a andar com as próprias pernas”, afirmou em referência a Paulo Câmara. “Você aponta o dedo para mim, mas sua coligação aqui tem problemas.
Ela está alinhada com você ou com o governo.
O PDT é Maurício”, questionou, sem responder se votaria em Alckmin ou Bolsonaro, já que não pode votar em Haddad, aliado de Paulo.
O senador disse que não tinha essa pressão dos seus eleitores e que poderia negociar com qualquer um que seja eleito. “Paulo se abraçou a Lula como uma bengala eleitoral.
Eu sempre tive uma relação com o presidente Lula.
Mas queremos discutir Pernambuco e como podemos mudar essa situação", argumentou o PTB. “Boa pergunta de Rands.
Você votaria em um candidato a governador que não tem candidato a presidente. É qualquer um, então?
Ou você votaria em um candidato a governador que tem candidato a presidente, mas não assume e vota escondido?”, pontuou outro aliado socialista.