Apesar de ter o PSDB na coligação e na chapa majoritária, o senador Armando Monteiro Neto (PTB), candidato ao governo de Pernambuco, não declarou apoio ao presidenciável tucano, Geraldo Alckmin. “Em política não se obriga, se conquista.

Cada estado da federação tem uma realidade diferente”, minimizou Alckmin nesta sexta-feira (21), em entrevista à Rádio Jornal.

Ao falar sobre o assunto, apesar disso, defendeu a reforma política. “Estamos com um sistema totalmente artificial.

Como pode ter 35 partidos?

Não tem 35 ideologias”, disse.

Alckmin defende a redução no número de legendas. “Aí, sim, mais programáticos, com mais propostas.

Infelizmente não é o quadro hoje”.

LEIA TAMBÉM » ‘Já pegou fogo o posto Ipiranga’, diz Alckmin sobre Bolsonaro e Paulo Guedes A ausência de palanque para Alckmin quase levou o deputado federal Bruno Araújo (PSDB), candidato ao Senado, a romper com Armando. “Há um entendimento nosso e o tempo vai ser o tempo que ele achar que é melhor, mais conveniente para a condução dos entendimentos da nossa aliança”, disse Bruno que acompanha Geraldo Alckmin em sua agenda na capital pernambucana.

A duas semanas do fim do prazo das convenções, ameaçou deixar a frente de oposição e se lançar candidato ao governo.

Apesar de ter aceitado antes não disputar o Senado para abrir espaço para que o grupo recebesse novas adesões - o PSC do deputado federal André Ferreira, no caso -, ao retornar, decidiu se lançar candidato a senador.

Para que os tucanos voltassem, o petebista, que declarou voto no ex-presidente Lula (PT), divulgou uma nota abrindo espaço para Alckmin.

Sem o petista na disputa, não vai mais apoiar o PT.

Mesmo tendo aberto o palanque para Alckmin, que também tem o apoio de Mendonça Filho (DEM), o outro candidato ao Senado, Armando Monteiro não esteve com o tucano nesta sexta-feira, enquanto o restante da chapa foi recepcioná-lo no aeroporto.

O petebista também não foi a Petrolina em agosto, quando o presidenciável esteve em Pernambuco pela primeira vez no período oficial de campanha.