O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, presidenciável do PSDB, criticou nesta sexta-feira (21), em entrevista à Rádio Jornal, a declaração do economista de Jair Bolsonado (PSL), adversário dele, Paulo Guedes, que disse estudar como proposta a criação de um imposto nos moldes da antiga CPMF.

Para ele, Bolsonaro não teria governabilidade. “Como pode ter condição de governar uma pessoa que diz: ’não entendo nada de nada, quem manda é o Paulo Guedes, ele é o posto Ipiranga.

Já pegou fogo o posto Ipiranga”, disse o tucano. “Como é que pode mais um imposto?

E a CPMF pega o mais pobre e a classe média, porque o mais rico manda o dinheiro para fora”, disse o ex-governador de São Paulo.

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Adversária de Alckmin e Bolsonaro, Marina Silva já havia usado o termo “incêndio” para ironizar o postulante do PSL e Paulo Guedes. “Eu fiquei vendo essa confusão entre o candidato Jair Bolsonaro e o seu economista ‘mor’, que ele diz que é o posto Ipiranga, e já no começo da história eu vejo que está acontecendo um incêndio no posto Ipiranga”, disse, nessa quinta-feira (21), no debate da TV Aparecida. » PF pede prorrogação de inquérito sobre atentado a Bolsonaro » Alckmin usa CPMF para bater em Bolsonaro, chamado de ‘candidato da bala’ » Com ataques de Alckmin e Meirelles, Haddad vira alvo em seu primeiro debate » Com Alckmin em baixa, PSDB apela a FHC para unir o ‘centro’ » ‘Intenção de voto a Bolsonaro já está no teto e tende a cair’, diz Alckmin A movimentação de Guedes obrigou uma reação de Bolsonaro, que está internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde o início de setembro, em recuperação por causa da facada que levou durante um ato de campanha em Minas Gerais. “Nossa equipe econômica trabalha para redução de carga tributária, desburocratização e desregulamentações”, escreveu o candidato no Twitter. “Chega de impostos é o nosso lema!

Somos e faremos diferente.

Esse é o Brasil que queremos”. ‘Visão atrasada’ Para Alckmin, uma alíquota única de Imposto de Renda iria “ferrar a classe média”. e com a criação de um tributo como a CPMF “você vai pegar o pobre”. “(Bolsonaro) Votou contra Plano Real, votou contra a quebra de monopólio de telecomunicações, votou contra a quebra de monopólio da exploração de petróleo”, lembrou Alckmin. “É uma visão atrasada”.

Críticas ao PT Alckmin ainda criticou “extremismos” e o PT. “Não podemos ir para o segundo turno com dois extremos.

Bolsonaro é muito culpa do PT, quando radicaliza de um lado cria radical do outro”, disse. “Não estou preocupado com o apoio de ninguém porque o segundo turno é livre.

Estou preocupado com extremismos.

Bolsonaro elege o PT porque a rejeição dele é muito maior”.