Candidato à reeleição, Humberto Costa (PT) criticou o adversário Mendonça Filho (DEM) na sabatina do Resenha Política, da TV JC, nesta sexta-feira (21).
Após ter sido classificado como integrante da “turma da Lava Jato” por Mendonça, enfatizou que ele votou contra o prosseguimento da denúncia contra o presidente Michel Temer (MDB). “Duas vezes saiu do cargo de ministro para ir votar e livrar a cara de Temer.
Que moral uma pessoa dessa para falar de Lava Jato?”, questionou. “O que ele é é um caluniador contumaz”, acusou.
Humberto e Mendonça já haviam se enfrentado na disputa ao governo 12 anos atrás, quando o ex-governador Eduardo Campos (PSB) venceu o pleito. “(Mendonça Filho) Fez isso comigo na eleição de 2006.
Perdi a eleição e três anos depois fui absolvido”, disse o petista, relembrando a denúncia naquele ano por fraudes descobertas na Operação Vampiro da Polícia Federal, das quais foi inocentado.
A acusação abalou a sua campanha.
LEIA TAMBÉM » Humberto defende Marília: ‘é coisa de eleição e depois vai ser arquivado’ » Humberto espera apoio de Ciro e diz que PT pode marchar com ele no 2º turno » Mendonça diz que Humberto é da turma da Lava Jato » Humberto elogia Haddad para bater em Mendonça O senador voltou a tentar aproximar o adversário de Temer, estratégia adotada por causa da baixa popularidade do presidente. “Fui ministro de Lula.
Por que ele não diz que foi ministro de Temer?”, perguntou. “É lógico que ele não quer discutir a questão nacional.
Ele é um dos responsáveis pelo que o Brasil vive hoje”, disse. “É o cabeça da turma de Temer”.
Sobre a Lava Jato, Humberto se disse vítima de perseguição. “A Polícia Federal pediu o arquivamento.
O Ministério Público é que está há mais de dois anos sem fazer nada nesse inquérito”, disse. » Datafolha: Mendonça ultrapassa Humberto.
Jarbas mantém liderança » TRE nega recurso de Humberto, que queria usar ‘turma de Temer’ contra adversários » Jarbas e Humberto mantêm liderança na pesquisa JC/Ibope/TV Globo para o Senado » Após aceno de Ciro ao Nordeste, Humberto defende Haddad Em uma investigação, encaminhada para a 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), sob responsabilidade do juiz Sérgio Moro, Humberto é acusado de ter recebido R$ 1 milhão para sua campanha eleitoral no ano de 2010, quando foi eleito senador.
A suposta propina teria sido paga com intermediação do empresário Mário Beltrão.
O inquérito foi aberto em março de 2015, com base no conteúdo da colaboração premiada do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, um dos primeiros delatores da Lava Jato.
Em 2016, a Polícia Federal pediu o arquivamento do inquérito, alegando que as investigações não conseguiram comprovar que o senador recebeu vantagens indevidas.
O Ministério Público Federal (MPF) não concordou com o fim das apurações.
Assista à sabatina com Humberto Costa no Resenha Política ?