Um meme que combina uma foto da atriz Patrícia Pillar com uma fala atribuída a ela, que diz “Gente, eu nunca fui casada com Bolsonaro.

Quem me batia era o Ciro Gomes” é uma das imagens mais sugeridas para verificação recebidas pelo WhatsApp do Comprova nos últimos dias.

Graças à popularização da peça, a própria atriz veio a público para declarar que nunca fez essa afirmação, tampouco teria sido agredida pelo ex-marido.

Patrícia, que foi casada com Ciro Gomes entre 1999 e 2011, fez duas postagens na sua página oficial no Facebook - uma no dia 19 de setembro e outra na madrugada do dia 20.

Na primeira, ela afirma em texto que “estou aqui para dizer que estão usando a minha imagem para divulgar notícias falsas, favorecendo um candidato que jamais seria o meu”.

Neste primeiro vídeo, a atriz declara que “nunca sofri nenhum tipo de violência da parte de ninguém.

Isso é totalmente falso”.

Na segunda postagem, a atriz vai além e chega a declarar seu voto em Ciro Gomes.

Leia mais Meme mistura frases ditas por Ciro Gomes com outras sem registro ou fora de contexto Padre Marcelo Rossi não divulgou áudio com apoio a Bolsonaro O meme começou a circular no Facebook no dia 19 de setembro.

A primeira postagem localizada pelo Comprova, em um perfil pessoal, foi apagada, mas chegou a ter 20 mil compartilhamentos.

Pelo menos outros três perfis continuam compartilhando a montagem, com engajamento expressivo.

Um deles tinha 29,2 mil compartilhamentos na tarde de 20 de setembro.

Os outros dois perfis somavam 4,4 mil compartilhamentos.

O conteúdo também está sendo compartilhado por WhatsApp e foi rastreado pelo monitor de WhatsApp da UFMG.

A dupla postagem de Patrícia Pillar foi notícia nos principais jornais e portais de notícias do país.

O site Boatos.org e a Agência Lupa também publicaram o desmentido.

Projeto Comprova Iniciado neste mês de agosto, o projeto Comprova já desenvolve suas operações de combate à desinformação e a conteúdos enganosos na internet durante a campanha eleitoral.

Coordenada pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), a coalizão reúne 24 organizações de mídia de todo o Brasil, e checa textos, imagens e áudios sem origem definida.

Nenhum conteúdo poderá ser publicado até que três diferentes redações concordem com as etapas de verificação anexadas ao relatório sobre uma informação avaliada, em um processo conhecido como “crosscheck”.

O objetivo do projeto é identificar e minar técnicas sofisticadas de manipulação e amplificação online.

O fluxo de trabalho foi projetado para incentivar a investigação colaborativa entre redações, que poderão continuar após as eleições. É possível sugerir checagens pelo WhatsApp da iniciativa, no número (11) 97795-0022.