Ao lado dos novos aliados, ligados a Bolsonaro, o candidato da Rede, Júlio Lossio, não poupou o governador Paulo Câmara de críticas, em almoço com correligionários no Spetus Derby.
A diferença é que pela primeira vez a carga era direcionado ao componente ético, com críticas que citaram as operações da Polícia Federal em Pernambuco.
Nem o candidato do PTB, Armando Monteiro Neto, tem usado o tema como recurso dos ataques, seja na TV ou em palanques.
No entanto, no caso de Bolsonaro, é prática da campanha apontar a questão moral como diferença em relação aos concorrentes, no plano nacional.
No discurso que fez aos bolsonaristas, Julio Lossio começou citando a PP de Itaquitinga e depois o projeto da Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata, dois projetos de Eduardo Campos que o governador Paulo Câmara herdou.
Depois citou a PPP da Compesa, que também teve participação da construtora Norberto Odebrecht. “Todas as grandes obras do Estado foram desenhadas da mesa da Odebrecht”, acusou. “Em Itaquitinga, colocaram uma empresa laranja.
Na Arena, também colocaram a empreiteira, que também é sócia da Compesa.
No modelo da PPP, se o cidadão não paga, quem paga a conta é o Estado.
Assim quem se beneficia é a sócia majoritária”, afirmou.
Lossio também criticou a entrega do comando de Suape ao PP, na gestão Paulo Câmara. “O PP é o partido que está em todos os escândalos, desde Pedro Alvares Cabral.
Paulo tem que explicar isto”.
No evento, o candidato da Rede prometeu que iria privatizar Suape, de modo que os recursos pudessem ser usados para obras em Pernambuco, ou serviços como creches. “Eu defendo a concessão do porto.
O concessionário tem que dar a maior eficiência e o produto da venda poderia ser revertido para o Estado” O coronel aposentado da PM Luiz Meira, do PRP, candidato a deputado federal depois de ter sido rifado como candidato a governador pelo PSL, de Bolsonaro, chegou a interromper o discurso de Julio Lossio para criticar o governador. “Até hoje ele não explicou a operação Torrentes”, disse. “Veio R$ 450 milhões de verbas emergenciais para Mata Sul e a Casa Militar foi grampeada recebendo dinheiro de empresas e levando para a sede do partido (PSB).
Quem mandou se apresente, seja homem.
Nós (PMs) obedecemos ordens.
Ele (policiais da casa Militar) obedeceu ordem e foi flagrado.
Deveria haver auditorias nas casas e hospitais, todas as construtoras tiveram benesses, com um metro quadrado dez vezes maior do que o razoável.
Era uma máfia, ele tem que responder”, afirmou o coronel.