O governador Paulo Câmara (PSB), candidato à reeleição, criticou o voto do adversário Armando Monteiro Neto (PTB) favorável à reforma trabalhista, proposta pelo governo Michel Temer (MDB) e aprovada no ano passado.
O socialista também atacou, no debate da Rádio Liberdade, de Caruaru, nesta terça-feira (18), a atuação parlamentar do petebista. “Foi um desserviço ao Brasil o que você fez.
Você deveria ter se dedicado a aprovar projetos para Pernambuco, só aprovou a mudança no nome de uma BR.
Você não tem experiência pública”, afirmou Paulo Câmara.
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Eduardo Campos foi um bom parlamentar?
Você sabe quantos projetos ele aprovou?”, questionou Armando Monteiro em resposta. “Eduardo foi um bom parlamentar, mas o único projeto que ele aprovou foi uma resolução criando uma frente parlamentar.
Mas ele era líder, Paulo, sempre foi líder”, afirmou o petebista. “Parlamentar se faz com relatoria”.
Com 33% das intenções de voto, Paulo Câmara lidera a pesquisa realizada pelo Ibope, em parceria com o Jornal do Commercio e a TV Globo, divulgada nessa segunda-feira (17).
Armando Monteiro está em segundo, com 25%.
Rands tem 2% e Dani Portela 1%.
Reforma trabalhista Em relação à reforma trabalhista, Armando Monteiro afirmou, contra o adversário: “você fica repetindo coisas e esquece o que disse, eu tenho um vídeo seu defendendo a reforma trabalhista”. “Mas, se essa lei não produzir resultados, eu tenho coragem para vir a público e dizer que errei.
Votei na presunção de que estaria ajudando a construir um marco.
Não escondo minhas opiniões, não fico mudando de lado”, disse o petebista. “A vida das pessoas não é para ser testada, é para ter cuidada”, rebateu Paulo Câmara.
Armando ainda buscou aproximar o socialista do governo Michel Temer (MDB), dos quais ambos buscam se afastar por causa da baixa popularidade do emedebista, “Temer lhe tratou muito bem no primeiro ano, e é justo, porque você ajudou a colocar ele lá”, afirmou o petebista.
Após a aliança entre PT e PSB, o adversário de Paulo tem buscado relembrar os votos da bancada socialista no impeachment de Dilma Rousseff (PT).
Dos 32 deputados, 29 foram favoráveis ao afastamento da petista.
Armando, que era ministro, foi contrário.