O procurador-geral de Justiça (PGJ) do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Francisco Dirceu Barros, defendeu a realização de uma ação nacional para que seja possível recuperar a capacidade eleitoral passiva dos membros de todos os ministérios públicos (Jus Honorum).

A tese defende que procuradores e promotores de Justiça tenham restabelecido o direito de serem votados para cargos eletivos.

LEIA TAMBÉM » ‘Como anular o voto?’ é pergunta mais feita ao Google sobre eleições; por quê? » Quais são os impactos de anular o voto para a eleição? “A história do direito eleitoral revela um dado assustador, entidades ou segmentos sociais que não podiam participar do parlamento brasileiro (Câmara dos Deputados e Senado) foram, progressivamente, sendo desvalorizadas.

A cidadania plena pressupõe o direito de votar e ser votado.

Um membro do Ministério Público, sendo defensor da cidadania, não pode ser cidadão semi-pleno.

Nesse sentido, é impreterivelmente salutar recuperemos a nossa capacidade eleitoral passiva (direito de ser votado).

Voltar ao parlamento, fomentar a construção de leis melhores e mais justas”, afirmou Dirceu Barros.

Barros defende a representação parlamentar, como uma das mais importantes para que seja fomentada uma verdadeira representatividade dos promotores dentro do Congresso Nacional. “A experiência ao longo dos anos tem demonstrado que a falta de representação dessas instituições no Parlamento tem contribuído para fragilizá-las ante a atuação de alguns que decididamente não querem ver triunfar o bem e a justiça”, disse.

Segundo representantes da classe, a vedação fere o exercício de direito político fundamental, consistente no direito de ser votado. “Não é justo nem racional que um membro do Ministério Público venha a contribuir com a elaboração de Leis e com a profícua atividade desenvolvida dentro do Poder Legislativo, por exemplo.

Impedir a participação é somar para os membros do MP fiquem privados de contribuir para o processo democrático brasileiro, inclusive agindo no âmbito do Executivo e do Legislativo”, reforçou Barros.