Com a substituição de Lula por Fernando Haddad, sacramentada pelo PT nesta terça-feira (11), as principais lideranças do partido iniciaram a mobilização para difundir o ex-prefeito como herdeiro oficial do ex-presidente.

Um estuo da FGV mostra, no entanto, que o resultado nas redes sociais permanece discreto.

Longe dos números que Lula sempre agregou de engajamento no Twitter, Haddad larga sob o impacto da confirmação da chapa do PT para a disputa à frente de Geraldo Alckmin e Marina Silva; porém, atrás de Jair Bolsonaro e de Ciro Gomes, que assumiu o segundo lugar em volume de referências na plataforma, rompendo a polarização PT-Bolsonaro antes predominante.

Das 14h de segunda (10) às 14h desta quarta-feira (12), Ciro foi citado 501,3 mil vezes no Twitter, ante 1,33 milhão de referências a Bolsonaro e 343 mil postagens sobre Haddad.

O movimento de ascensão de Ciro começou com o debate na TV Gazeta (09) e se manteve desde então; apenas entre as 15h e as 20h desta terça Haddad foi mais presente nas discussões da rede que o pedetista.

Desde segunda, a hashtag #haddadélula já soma 108,8 mil recorrências. “O ex-presidente é a principal referência do debate sobre Haddad: 221 mil publicações sobre o candidato petista citam Lula (64,4%), sobretudo a partir de mensagens de incentivo por parte da militância petista e de comentários de perfis não alinhados ao PT que repercutem o impacto da confirmação de Haddad.

Isso se verificou ainda na discussão sobre Ciro: 89,8 mil tuítes que o mencionam também destacam Lula ou Haddad (17,8%); com Bolsonaro, são 73,1 mil (5,5%)”, informa o estudo.

Longe das primeiras posições, Alckmin e Marina estão praticamente empatados esta semana no debate eleitoral do Twitter, inclusive apresentando pontos idênticos de crescimento ou queda no volume de referências.

Desde as 14h de segunda, a candidata da Rede foi citada 120,3 mil vezes, enquanto o tucano foi mencionado em 115,2 mil publicações.

A linha de referências por hora de ambos apresentou picos na noite de segunda, com a divulgação da pesquisa eleitoral do Datafolha, e na noite desta terça, com os resultados apresentados pelo Ibope.

Nos demais períodos, andaram juntos nas discussões, sem que nenhum dos dois obtivesse forte presença ou destaque em uma agenda que não elevasse o debate, também, sobre o outro.

Marina e Alckmin aparecem juntos em 41,7 mil publicações no período.