Estadão Conteúdo - O candidato do PDT à presidência da República, Ciro Gomes, disse nesta quarta-feira, 12, que a reeleição é uma “impertinência”, mas que ainda vai avaliar se pode pedir a revogação da lei, que envolve também governos estaduais e municipais.
O fim do direito de se reeleger é quase unanimidade entre os principais candidatos ao cargo, como Jair Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (Rede).
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Acho que (a reeleição) é uma impertinência que se produziu.
Não sei se tenho o direito de propor o fim, mas eu preferiria eleger um sucessor”, disse durante sabatina no jornal O Globo, ironizando o fato da adversária Marina Silva ter prometido acabar com a reeleição, “Marina o fez porque não conhece bem como funciona a verdade da política no Brasil”, disparou.
Durante a sabatina, Ciro revelou que chegou a ser cogitado para vice de Lula e exercer o papel que hoje cabe ao ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.
Ele informou que a ex-presidente Dilma Rousseff e o senador Roberto Requião o procuraram depois da homologação da sua candidatura para fazer o convite.
Ele disse que descartou “fazer esse papel” porque o Brasil não merece um presidente “por procuração”.
Ainda sobre o ex-presidente, de quem foi ministro entre 2003 e 2006, Ciro explicou que tentou visitá-lo na cadeia em Curitiba, “por uma questão humanitária”, mas que foi proibido e depois não era mais conveniente.
Ele disse que o País precisa entender que Lula não é “nem satanás, nem infalível”, afirmou. “O Lula foi um presidente muito bom, mas isso não me obriga a aceitar que ele é infalível.
O Lula escolheu a Dilma, escolheu o Temer, escolheu o Palocci, escolheu o Haddad que perdeu a prefeitura de São Paulo.
O Lula criou sim uma rede de proteção social que tirou pessoas da miséria, mas ele não institucionalizou nada disso, ficou dependendo dele”, avaliou.