O advogado Antônio Campos, irmão do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), comparou nesta sexta-feira (7) o ataque sofrido pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) na quinta-feira (6) à morte do socialista, em queda de avião durante a campanha presidencial de 2014. “Acabou o dinheiro para derrubar avião, agora é na faca?”, questionou Campos, que é candidato a deputado estadual pelo Podemos.

O delegado federal Rubens Maleiner, responsável pela investigação do acidente aéreo que matou Eduardo, descartou qualquer possibilidade de sabotagem.

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Todo entendimento que tivemos da mecânica do voo é absolutamente incompatível com qualquer possibilidade de sabotagem imaginada”, argumentou o delegado no mês passado, ao anunciar que pediu o arquivamento do inquérito.

A causa do acidente não foi concluída. » Falha de gravador em avião com Eduardo Campos prejudicou investigação, diz PF » Irmão de Eduardo Campos pede que juiz desconsidere laudo do Cenipa sobre acidente » Justiça manda PSB indenizar moradora por acidente de Eduardo Campos No caso de Bolsonaro, um suspeito, Adélio Bispo de Oliveira, foi preso em flagrante ainda durante o ato de campanha em Juiz de Fora, em Minas Gerais, onde o presidenciável foi atingido por uma facada.

Ele admitiu ter sido o autor do ataque e foi levado para o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional, na mesma cidade.

Ao todo, segundo o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, três pessoas são investigadas.

Dentro da PF, a velocidade da investigação é vista como imprescindível para evitar que teorias da conspiração surjam e que o clima na corrida eleitoral aumente ainda mais. » Bolsonaro é esfaqueado em ato de campanha em MG » Três suspeitos são investigados por ataque a Bolsonaro, diz Jungmann » Bolsonaro usará bolsa de colostomia por até três meses, diz médica » Bolsonaro é transferido para Hospital Albert Einstein, em São Paulo » Ataque a Bolsonaro inviabiliza campanha ‘neste momento’, diz médico Bolsonaro foi atendido na Santa Casa da cidade, onde passou por uma cirurgia.

Ele foi transferido nesta manhã para São Paulo, onde ficará internado no Hospital Israelista Albert Einstein.

O estado de saúde do presidenciável é considerado grave, mas estável.

A expectativa é de que ele fique hospitalizado por pelo menos uma semana e permaneça usando a bolsa de colostomia por cerca de três meses.

A diretora técnica da Santa Casa, Eunice Dantas, o orientou a não ir para as ruas fazer campanha pelas próximas semanas, na reta final do primeiro turno das eleições.