Estadão Conteúdo - Após ver seus concorrentes ganhando espaço entre o eleitorado feminino, a candidata ao Planalto Marina Silva (Rede) negou que vá mudar a estratégia de diálogo com esse segmento.

A líder da Rede, que tem feito grande esforço no diálogo com mulheres, teve intenções de voto oscilando para baixo no segmento, de 15 para 14%.

Enquanto Jair Bolsonaro (PSL) saltou de 13% para 16%, e Ciro Gomes (PDT), de 8% para 12%.

Os números fazem parte do ultimo levantamento Ibope, divulgado ontem. “Vou continuar dialogando com as mulheres porque não é uma estratégia eleitoral. É compromisso.

O que nós estamos fazendo é um compromisso com a agenda”, disse, em evento na Agencia Popular Solano Trindade, nesta quinta-feira, 6, em Campo Limpo, São Paulo.

Segundo analistas, o nome de Marina estagnou no levantamento Ibope, divulgado ontem.

Marina ficou estável em 12% nos votos gerais e foi alcançada por Ciro Gomes (PDT), que saltou de 9% para também 12%. “Eu trato as pesquisas como retrato de um momento.

Vamos continuar trabalhando como estamos trabalhando”, disse.

Nova política de preços da Petrobras A candidata afirmou não concordar com uma política de reajuste diário nos preços dos combustíveis pela Petrobras, nos moldes que era praticado pela estatal.

Questionada sobre como a estatal se comportaria em um eventual governo da Rede, Marina não cravou uma direção, mas disse que pretende atacar os entraves tributários e logísticos do setor. “A Petrobras precisa ser entendida também em um sistema mais amplo.

Boa parte dos custos tem a ver com a guerra fiscal nos Estados.

Por isso pensamos em uma reforma tributária e encarar o problema estrutural em relação ao abastecimento e ao transporte no País”, disse.

A estatal anunciou nesta quinta-feira sua terceira mudança na política de reajuste nos preços dos combustíveis.

O valor do litro nas refinarias poderá ficar congelado por até 15 dias, em vez de sofrer alterações diárias.

Sobre os ajustes diários, Marina disse que a pratica não é feita em outros setores, como o elétrico. “A Petrobras é uma empresa de mercado e está sujeita a essa lógica.

Mas ela precisa entender que não tem como passar o aumento do combustível e do dólar para o consumidor direto todo dia.

Ninguém faz isso com a conta de luz”, disse.

A candidata foi novamente questionada se privatizar a estatal estaria entre seus planos, mas negou. “No meu governo, a Petrobras não será privatizada.

Nem ela, nem a Caixa e nem o Banco do Brasil”.