A coligação “O povo feliz de novo” (PT/PCdoB/Pros) anunciou, nesta segunda-feira, que entrou com representação criminal, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), contra o deputado federal Jair Bolsonaro, candidato à presidência da república pelo PSL.

O STF reclama de ameaça. ] “A família vai ser respeitada.

Aqui tem macho e fêmea e não vamos admitir que nossas crianças continuem sendo pervertidas em programas de governo.

Respeito a opção de qualquer um, vai ser feliz, mas não vamos brincar com nossas crianças”, diz Bolsonaro de cima do carro de som, estacionado em frente ao Cine Teatro Recreio, às margens do rio Acre.

A coligação do PT também ingressou com notícia crime pelos crimes “de injúria eleitoral e incitação ao crime”.

A briga judicial ocorre depois de ato realizado no Acre, onde Bolsonaro fez gesto de “fuzilamento” e instou seu público a, em suas próprias palavras, “fuzilar a petralhada toda aqui do Acre”. “O ódio destilado pelo deputado, em sua campanha da raiva e da truculência, parece não encontrar limites, incitando ao assassinato de cidadãos de esquerda.

O candidato incorreu no crime de injúria eleitoral – quando ocorre a ofensa à honra subjetiva de alguém durante a propaganda eleitoral, ou visando a propaganda -, ameaça e incitação ao crime de homicídio”, defende a campanha de Fernando Haddad, do PT. “Basta de ódio. É inadmissível que um candidato a presidente pregue o assassinato de quem não pensa igual a ele.

Bolsonaro já é réu no STF pelos crimes de racismo e incitação ao estupro”, afirmam.

O episódio ocorreu no sábado passado, em campanha eleitoral realizada na cidade de Rio Branco, capital do Acre, dia 1º de setembro.

O candidato Jair Bolsonaro, do PSL, voltou a causar polêmica com seu discurso “inflamado”.

Além de reafirmar que o conceito de família se restringe apenas ao fruto do casamento de um homem com uma mulher, o deputado federal usou um tripé de câmera para simular o “fuzilamento” de petistas.

O gesto foi divulgada em vídeo no YouTube.

Mais tarde, o candidato do PSL resolveu “brincar” com um tripé de câmera, que se assemelha a um “fuzil”. “Vamos fuzilar a petralhada aqui do Acre.

Vamos botar esses picaretas para correr do Acre.

Já que eles gostam tanto da Venezuela, essa turma tem que ir para lá.

Ah, só que lá não tem nem mortadela, vão ter que comer é capim mesmo”, diz Jair Bolsonaro para os seus apoiadores acreanos, conforme divulgado pelo portal de notícias G1, da Globo.

Publicado no dia 2 de setembro no YouTube, o vídeo com a “brincadeira” do presidenciável recebeu dezenas de comentários, muitos deles contrários à atitude do deputado.