Agência Brasil - O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Jorge Mussi votou na noite desta sexta-feira (31) contra do pedido de registro de candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República nas eleições de outubro.

Com o voto do ministro, o placar da votação está 2 a 1 contra o ex-presidente.

Para o ministro, Lula está inelegível com base na Lei da Ficha Limpa, que impede a candidatura de condenados pela segunda instância da Justiça. “A Lei da Ficha Limpa, cuja constitucionalidade foi reconhecida pelo STF, representa essencial mecanismo de iniciativa popular para proteção da probidade administrativa e da moralidade para o exercício de mandato”, afirmou Mussi.

LEIA TAMBÉM » Fachin diverge de Barroso e vota por manter Lula candidato » Com provocação a Barroso, PT publica propaganda de Lula nas redes sociais » Barroso indefere candidatura de Lula com base na Lei da Ficha Limpa » Vontade de substituir a política pela toga, diz Gleisi sobre Barroso » Aliada de Lula, Luciana diz que ‘povo dará a resposta nas urnas’ » O que Lula quer não é nada menos do que deram a 1,5 mil, diz advogado » Dodge mantém impugnação de Lula e liga corrupção a violação de direitos humanos » Contra Lula, advogados dizem que recomendação da ONU não é obrigação Lula está preso desde 7 de abril na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba, em função de sua condenação a 12 anos e um mês de prisão, na ação penal do caso do triplex em Guarujá (SP), sentença que foi confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, sediado em Porto Alegre.

O primeiro voto do julgamento foi proferido pelo relator do caso, ministro Luís Roberto Barroso, contra o pedido de registro.

Em seguida, Edson Fachin votou pela concessão do registro.

O TSE é composto por sete ministros.

Ainda devem votar durante a sessão Tarcísio Vieira, Admar Gonzaga, Og Fernandes e a presidente, Rosa Weber.