Signatário do pedido do seu partido, o Novo, para barrar a participação no horário eleitoral do ex-presidente Lula, João Amoêdo afirmou nesta quinta-feira (30), em entrevista ao Resenha Política, que espera que o petista seja retirado da disputa.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) marcou uma sessão extraordinária para esta sexta-feira (31), às 14h30, para decidir sobre a propaganda. “Espero que a nossa Justiça, o Supremo, seja coerente, encerre a chance de uma pessoa que foi presa, condenada, possa ser candidata.
Espero que esse assunto seja encerrado e o PT defina quem é o candidato e a gente tire mais essa variável na campanha política”, disse. “A gente está a 40 dias da eleição e ainda tem uma incerteza muito grande”.
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Preso desde o dia 7 de abril por ter sido condenado em segunda instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato, Lula teve a candidatura à presidência registrada pelo PT no início do mês.
Se a Justiça Eleitoral impedir a participação dele na disputa, baseada na Lei da Ficha Limpa, o partido pretende lançar o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, hoje inscrito como vice, para a presidência e a deputada estadual do Rio Grande do Sul Manuela D’Ávila (PCdoB) para vice. ?
O Novo pediu para suspender os direitos de Lula realizar gastos de recursos oriundos do Fundo Partidário e do bilionário Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), impedir a participação do petista em debates, barrar a realização de qualquer tipo de propaganda eleitoral e vetar a destinação de tempo para que o ex-presidente participe da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão.
A defesa de Lula afirma que a legislação é clara e garante ao petista a participação no horário eleitoral no rádio e na televisão enquanto sua candidatura estiver sendo questionada judicialmente.
O horário eleitoral começa nesta sexta-feira (31).
A expectativa dentro do TSE é a de que seja levado ao plenário o pedido de medida cautelar para barrar a presença de Lula no horário eleitoral (formulado pela Procuradoria-Geral da República e pelo Partido Novo), mas ministros não descartam a possibilidade de o próprio registro do ex-presidente ser julgado.