O ex-prefeito de São Paulo Geraldo Alckmin, presidenciável do PSDB, disse nesta quarta-feira (29), em entrevista ao Jornal Nacional, que os tucanos não “transformam réus em vítimas” ao ser perguntado sobre a permanência de Aécio Neves e Eduardo Azeredo no PSDB, mesmo depois de investigados e cumprindo pena, respectivamente.

O candidato ainda afirmou que existem bons quadros em todos partidos ao ser questionado sobre sua aliança com partidos do chamado “centrão”. “Todos os partidos tem bons quadros.

Então fui buscar no Progressista (PP) a mais respeitada mulher senadora Ana Amélia”. “Vou governar com os melhores quadros de todos os partidos”, disse explicando a aliança com partidos do “centrão” que conta com 41 políticos investigados pela justiça.

Questionado sobre porque - como presidente do PSDB - não pediu a expulsão de Aécio Neves (PSDB) - que é investigado pela Lava Jato - e de Eduardo Azeredo -que já cumpre pena - do partido, Alckmin disse que os tucanos não “transformam réus em vítimas”. “Aécio não foi condenado, está sendo investigado e vai responder na justiça.

Nós respeitamos a Justiça!

Não vamos para porta de penitenciária para transformar réu em vítima, não desmoralizamos as instituições.

Ele (Aécio) foi afastado da presidência do partido, só fui eleito presidente do PSDB porque ele foi afastado e Azeredo já esta afastado da vida pública há quase 10 anos”, disse o candidato fazendo uma visível crítica ao PT e à situação do ex-presidente Lula (PT) que está preso em Curitiba (PR).

Ao ser perguntado sobre o PSDB apoiar o PTC em Alagoas, partido do ex-presidente Fernando Collor (PTC), Alckmin disse que o partido de Collor não integra a sua coligação. “A coligação do PTC não me apoia, não está na minha coligação”, disse e emendou afirmando que defende as investigações. “Para o governo funcionar é importante que as investigações aconteçam.

Se não mudar o sistema político não vai mudar”.

Alckmin finalizou sua entrevista dizendo que o Brasil que ele quer é um País de oportunidades. “O Brasil que eu quero é um País de oportunidade, oportunidade para todos e o País tem pressa.

O Brasil precisa voltar a ser um País de oportunidades para todos”.