Durante o primeiro debate entre os candidatos ao governo de Pernambuco nesta terça-feira (28), o governador Paulo Câmara (PSB) afirmou que as promessas de 2014 ainda são “válidas” e atribuiu o não cumprimento de parte delas ao cenário de crise que o Brasil passou com o governo do presidente Michel Temer (MDB).
O socialista foi questionado sobre os quatro hospitais que propôs construir na campanha de quatro anos atrás, dos quais o primeiro começou a ser erguido este ano.
Ao ser perguntado pelo candidato Maurício Rands (PROS) sobre a promessa, Paulo Câmara falou na crise. “Todos os estados estão passando por uma crise.
Multiplicamos dez vezes, fizemos dez vezes mais na saúde.
Fomos muito eficientes.
Fizemos mais consultas, exames e cirurgias.
Pernambuco teve a menor taxa de mortalidade infantil de sua história e vamos continuar a investir.
Fizemos Pernambuco ter a menor taxa de mortalidade infantil em toda sua história em 2017 e vamos continuar a investir.
Todas as minhas promessas de 2014 são válidas, estão válidas”.
O governador ainda disse que para “falar de mudanças é preciso conhecer a realidade”.
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O Hospital da Mulher de Petrolina precisa ser feito, você tem razão.
Com certeza vamos priorizar nesse segundo mandato o Hospital da Mulher de Petrolina”.
Em 2014, Paulo Câmara prometeu ainda o Hospital Geral de Cirurgias, na Região Metropolitana do Recife, o Dominguinhos, em Garanhuns, no Agreste, e o Hospital da Mulher de Caruaru.
O único que começou a ser construído foi o Hospital Geral do Sertão, em Serra Talhada. “Todos sabem que fomos perseguido pelo presidente Temer e por seus aliados.
Perseguição de um governo que não tem compromisso com Pernambuco.
Apesar disso estamos fazendo o que é preciso ser feito.
E com o presidente Lula vamos ter acesso de volta ao crédito”, justificou.
Questionado pelo jornalista Dilson Oliveira, da Rádio Jornal Caruaru, se havia feito promessas demais e por isso não conseguiu entregá-las, Paulo voltou a atribuir o atraso nas entregas à crise. “Nós enfrentamos a maior crise da história desse Brasil que foi agravada com a presidência do Temer e de todos seus aliados.
Pernambuco teve que priorizar o que era mais importante diante da queda de recursos.
Muito do que nós tínhamos prometido infelizmente não fizemos ainda, mas fizemos muita coisa que não estava em nosso programa.
Priorizamos aquilo que era mais importante, fizemos mais com menos porque somos eficientes.
Estamos muito conscientes que temos muito o que fazer apesar da crise”, ressaltou.
Confira o debate na íntegra: