Agência Brasil - Ao ser questionado, nesta terça-feira (28), sobre qual será a decisão do governo em relação ao reajuste salarial para o Judiciário, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que o presidente Michel Temer (MDB) avalia pessoalmente o assunto. “O presidente está tratando desse assunto pessoalmente”, disse.
Padilha considera que é preciso tomar uma decisão coerente com o momento que o país enfrenta. “Todos que trabalham no Brasil no serviço público sabem a situação que a gente está enfrentando, e penso que teremos que ter decisões coerentes em relação a isso”.
No começo do mês, o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou reajuste de 16% no salário dos ministros da Corte, para 2019.
O salário atual é de R$ 33,7 mil e com o aumento passará para R$ 39,3 mil por mês.
LEIA TAMBÉM » Boulos diz que vetaria aumento do STF: ‘seria a canetada mais gostosa’ » Temer não vai enviar reajuste do STF ao Congresso » Reajuste do STF terá impacto anual de R$ 243 milhões no Executivo » STF aprova reajuste de salário de ministros para 2019 Na semana passada, o presidente Temer se reuniu com os ministros do Supremo Dias Toffoli e Luiz Fux para tratar dos “vencimentos do Judiciário”, segundo nota divulgada pelo Planalto na ocasião.
A despesa do reajuste não está prevista pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), já aprovada pelo Congresso Nacional.
Até o dia 31 de agosto, o governo deverá encaminhar ao Legislativo proposta para o Orçamento da União do próximo ano.
Conforme o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, o eventual aumento terá impacto mensal de R$ 18,7 milhões e de R$ 243,1 milhões em um ano.