Estadão Conteúdo - O candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) disse que a intenção da denúncia em que responde por racismo é “criar um fato político”.
A declaração foi dada durante a sua primeira agenda pública no Rio de Janeiro, no mercadão de Madureira, na zona norte da cidade, na tarde desta segunda-feira, 27.
Ele também afirmou que não está preocupado com o julgamento da questão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que analisará, na terça-feira, se aceita a denúncia, formulada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o candidato.
LEIA TAMBÉM » Bolsonaro pede ao STF antecipação do julgamento de denúncia por racismo » Bolsonaro reafirma declaração que levou a denúncia por racismo » PGR denuncia Jair Bolsonaro ao STF por racismo e o filho por ameaça » Bolsonaro é condenado por declarações contra quilombolas » Acusado de racismo, Bolsonaro diz que quilombolas são massa de manobra de petistas Bolsonaro é acusado pelos crimes de racismo em relação a quilombolas, indígenas, refugiados, mulheres e LGBTs, por frases proferidas em palestra no clube Hebraica, no Rio de Janeiro. “A intenção é criar um fato político (sobre julgamento do STF que analisará a denúncia por racismo).
Não quero criticar o Supremo aqui, mas a questão dos índios, por exemplo, sou contra a demarcação de terras indígenas em vigor.
Não podemos ter uma área maior que a região sudeste demarcada como terra indígena. É um subsolo riquíssimo”, disse ele. ‘Nova lei Áurea’ Sobre quilombolas, Bolsonaro disse que tem conversado com alguns grupos que, segundo ele, querem uma “nova lei Áurea”. “Eles querem fazer o que bem entender com as suas terras, assim como fazendeiro do lado faz com a sua.
Não querem continuar vivendo confinados e tutelados por parte do governo.
Por que não titularizar esses quilombolas e, se quiserem vender as suas terras, que vendam?”, indagou.