O candidato à presidência da República pelo PSOL, Guilherme Boulos, afirmou nesta quarta-feira (22) que vetaria reajustes salariais do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os aumentos da Corte puxam também o teto do funcionalismo público. “Eu vetaria com gosto.
Seria a canetada mais gostosa da minha vida, pegar a caneta e vetar o reajuste de juiz, desembargador, promotor.
Isso é uma esculhambação”, disse em entrevista no Resenha Política, na TV JC.
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E nós vamos democratizar o Judiciário, nenhum poder pode regular a si mesmo”.
Assista ao Resenha Política com Guilherme Boulos, candidato à presidência pelo PSOL » Pesquisa reforça o absurdo que é a tentativa de retirada de Lula, diz Boulos » Alckmin quer distância e rebate ’50 tons de Temer’ apontada por Boulos » Boulos ironiza Meirelles: ‘não estou junto com sem-vergonha’ » Boulos deverá revisar Minha Casa, Minha Vida, diz economista » Com PT isolado, PCB decide apoiar candidatura de Boulos, do PSOL » Boulos critica Lula por não ter feito reforma política e ter mantido ‘raposas’ Os ministros do STF aprovaram o aumento de 16,38% nos próprios salários, que poderiam chegar a R$ 39 mil.
Hoje, eles recebem R$ 33,7 mil.
O presidente Michel Temer (MDB) declarou a interlocutores que não encaminharia a proposta de aumento ao Congresso.
Para o candidato à presidência, ao reajustar os vencimentos, o órfão “não está à altura dos desafios que a realidade brasileira coloca”. “Desbalanceamento é o que tem hoje, é um poder estabelecer aumento para si mesmo, com um salário que vai chegar a 40 mil, sendo que o salário mínimo está estagnado em R$ 900 e há 14 milhões de desempregados”, reclamou Boulos.